Torcida quer fazer a festa no caldeirão [foto: Giuliano Gomes]
Não é segredo para ninguém que os torcedores fanáticos por futebol gostam mesmo é de ver o time em campo e a bola na rede. No caso dos atleticanos, a espera já dura 30 dias, tempo exato que o torcedor rubro-negro está sem ver o Furacão jogando na Arena da Baixada em razão dos jogos da Copa do Mundo na África do Sul. Foi no dia 2 de junho, em casa, que o Atlético venceu o Botafogo, de virada, pelo placar de 3 a 2, jogo também marcado pela estreia do técnico Paulo Cesar Carpegiani.
De lá para cá, muita coisa mudou no Furacão, a começar pela quantidade de reforços para a continuidade do Campeonato Brasileiro. Nada menos que sete atletas já chegaram ao CT do Caju: o zagueiro Eli Sabiá, os volantes Vitor e Olberdam, o lateral-esquerda Paulinho, os meias Mithyuê e Iván González e o atacante Thiago Santos.
Mas nenhum deles despertou tamanho interesse quanto a contratação do atacante equatoriano Guerrón, que estava no Cruzeiro e brilhou pela LDU, e deve desembarcar em Curitiba na próxima semana. Com ele também chega o argentino Federico Nieto, atacante que estava no Colón, de Santa Fé, chegando a nove os reforços atleticanos para o segundo semestre. É praticamente um novo time, montado no meio da temporada.
Enquanto os atleticanos conheciam um pouco mais sobre os novos atletas e os jogadores treinavam no CT do Caju, o Atlético saiu da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Tudo porque o Grêmio Prudente foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela escalação irregular do zagueiro Paulão na partida contra o Flamengo, perdendo três pontos na tabela. Com isso, o Atlético saiu do temido bloco dos quatro últimos colocados e passou para a 16ª posição, com sete pontos.
Além disso, neste período o Rubro-Negro ainda se consagrou campeão da Taça Cidade de Londrina, ao derrotar a equipe titular do Corinthians pelo placar de 1 a 0, no estádio do Café. O torneio também reuniu Iraty e São Caetano, este último também derrotado pelo Furacão.
Por outro lado, alguns fatos não foram lá tão positivos. O clube perdeu dois jogadores importantes para o sistema defensivo (Valencia e Alan Bahia), rescindiu o contrato do atacante Javier Toledo, anunciou a contratação de Joílson, mas voltou atrás depois que os exames médicos apontaram uma lesão, e perdeu o título da Taça BH de Juniores para o Coritiba.
Bateu saudade!
O fato é que, de modo geral, a parada da Copa está sendo encarada de forma positiva pelos torcedores atleticanos, mesmo com a eliminação da Seleção Brasileira na fase de quartas-de-final. Agora, definitivamente, todas as atenções se voltam ao Rubro-Negro.
A saudade de acompanhar de perto o Furacão é unanimidade entre os torcedores apaixonados. “Um mês longe de casa é muita coisa, mas essa parada fez um bem danado ao Atlético. Deu tempo para a diretoria ir atrás de reforços e até de uma estrela, como o Guerrón. Parece que os ventos que sopram na Baixada mudaram e temos tudo para fazer uma boa campanha no Brasileiro”, opina o empresário Sergio Miranda Jr. A opinião é compartilhada pela estudante de administração Dayanne Patricio Costa, que não vê a hora de reencontrar o time na Baixada. “Para quem está sempre lá, parece uma eternidade. Mas acredito que os reforços darão uma injeção de ânimo não só no time, mas também na torcida, que estava um pouco desacreditada”, apontou.
E há também quem faz de tudo para não se desligar do Furacão. É o caso da designer Milene Szaikowski, que mora a uma quadra da Arena e sente falta da movimentação na rua em dia de jogo do Furacão. A atleticana compareceu ao lançamento do livro do ex-lateral Alberto, nesta semana na Arena Store, e aproveitou para matar a saudade da Baixada. “Sempre fui super fã do Alberto, mas estar na Baixada é sempre bom. Sinto falta da movimentação, dia de jogo é sempre agitado, gosto de ver o pessoal descendo a rua. Já mudei três vezes na mesma quadra para não ter que sair de perto da Baixada”, contou.
Até mesmo quem está acostumado a acompanhar o time em todos os cantos do Brasil aguarda ansioso para ver o time em campo. “Trinta dias sem entrar na Baixada causa uma ausência grande em minha vida. Além de rever os amigos e as belas amigas rubro-negras, o cheiro da grama quando adentramos ao estádio é incomparável. Estou torcendo para que não aconteça como nos últimos cinco anos, que não briguemos simplesmente para ficar na elite”, ressaltou o músico Jacob Baulhout Junior, que viaja há 20 anos para ver o Furacão.
Paixão e fanatismo à parte, até mesmo quem calça as chuteiras e ostenta a tarja de capitão está na expectativa para voltar a atuar em casa. "Teremos o mesmo apoio do torcedor em todos os jogos do Campeonato Brasileiro. Assim como o torcedor, nós também estamos com saudades de voltar a jogar na Baixada”, revelou o meia Paulo Baier.
Para quem tem a Baixada como segunda casa, os atleticanos agora voltam totalmente as atenções para o Furacão e aguardam ansiosos para o dia 14, quando o time enfrenta o Cruzeiro, na Baixada. Finalmente!
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