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Geral | segunda-feira, 01 de março de 2010, 23h41

Rocha Loures rebate críticas de Malucelli

Fonte: Bem Paraná

Os sócios da empresa Master Talents, Alexandro Rocha Loures, Rui Paciornik e Pablo Miranda, convocaram uma coletiva nesta segunda-feira para rebater declarações do presidente do Atlético, Marcos Malucelli.

Na semana passada, o dirigente criticou os três ex-fucionários do clube. “As procurações foram outorgadas ao Alexandre Rocha Loures quando ele era funcionário do Atlético. Eu entendo que quando ele saiu do Atlético ele deveria ter deixado as procurações e não poderia fazer uso. As procurações não foram outorgadas a ele e sim ao funcionário do clube que era agente FIFA. O Pablo (Miranda) e o Rui (Paciornik) que também eram funcionários do clube também se vêem envolvidos nisso tudo. O Rui foi membro do departamento jurídico eu lamento que ele esteja nisso tudo. Ele é uma pessoa de boa índole e lamento que ele tenha se agrupado nessa empresa”, disse.

Nesta segunda, Rocha Loures explicou que não era funcionário do clube e sua empresa prestava serviços ao Atlético por meio de um contrato. No período que trabalhou no clube, de 2003 a 2009, passou a representar jogadores, como agente Fifa, por indicação do próprio Atlético. O primeiro foi o meia Fernandinho, vendido para o Shakhtar Donetsk. “Pelo sucesso que tive com o Fernandinho, outros atletas me procuraram”, contou.

Rocha Loures decidiu deixar o clube em março de 2009, três meses após Malucelli assumir o comando do clube. “Por iniciativa própria, decidi sair. Avisei os jogadores que estava deixando o clube. Eram 12 atletas. Todos disseram que queriam continuar comigo. Solicitei reunião com o Marcos Malucelli, comuniquei minha saída. Ele me elogiou e disse que o trabalho foi bem feito. Disse que teria muito sucesso como gestor de carreira de atletas”, declarou.

Os 12 atletas são Alan Bahia, Alex Fraga, Valencia, Guilherme Batata, Marcelo, Patrick, Renan, Alex Sandro e outros quatro jogadores das categorias de base. Depois, Renan passou a trabalhar com outro agente.

Após deixar o clube, a Master Talents passou a gerenciar outros oito atletas do Atlético: Ronaldo, Bruno Furlan, Ferreira e Éderson e mais quatro das categorias de base. Segundo Rocha Loures, de todos esses jogadores, todos prorrogaram contrato com o Atlético, menos Valencia e Ronaldo.

O empresário afirmou que a Master Talents nunca dificultou uma negociação com o Atlético. “Em nenhum momento pegamos pesado. Tanto que as renovações com jogadores da base foram feitas diretas com o Drubsky (Ricardo, coordenador das categorias de base). Nem precisou chegar à presidência”, argumentou.

Rocha Loures falou ainda sobre a questão política no Atlético. “O (Mario Celso) Petraglia não tem participação nem é sócio da Master Talents. Temos amizade com ele”, disse. “Não temos pretensão política”, garantiu. “Essa briga política não é nossa”, afirmou.

Renovação de Ronaldo provocou crise

A negociação com o zagueiro Ronaldo, 20 anos, foi o estopim para o desentendimento entre Malucelli e a Master Talents. Quando a diretoria não conseguiu renovar com Ronaldo, passou a criticar o agente do jogador.

O zagueiro, de 20 anos, tinha contrato com o Atlético até maio de 2010. Em setembro de 2009, quando o técnico Antonio Lopes passou a escalar o jogador, o clube procurou a Master Talents para uma renovação, segundo Alexandre Rocha Loures. “Ele ganhava R$ 1.800. A proposta do Atlético era de R$ 3 mil. Se ele atingisse certas metas, como aqueles jogadores da Copa São Paulo, passaria para R$ 5 mil e R$ 6 mil, no máximo. O Ronaldo não aceitou, porque achava difícil atingir as metas porque não estava jogando. Ele estava preocupado que virasse moeda de troca. Então, pedimos R$ 8 mil, R$ 10 mil (2º ano de contrato) e R$ 12 mil (3º ano), com R$ 50 mil de luvas. É o mesmo valor pago para os jogadores que subiram com ele para o profissional, como o Renan e o Gabriel Pimba, que receberam essas mesmas luvas”, garantiu.

“O Malucelli disse que ou aceitava aquilo ou procurasse outro clube. Não houve diálogo”, contou. “O Ronaldo viu o nome dele na lista de jogadores que não seriam aproveitados em 2010 e passou a procurar outro clube", disse. "A primeira proposta do Inter foi maior que a do Atlético”, disse. Para compensar o período de contrato que tinha com o Atlético - até maio de 2010 – o Inter cedeu 20% dos direitos econômicos para o clube paranaense. “Se houvesse má vontade da nossa parte, o Ronaldo teria ido para o Inter com 100% dos direitos”, declarou Rocha Loures.

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