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Brasileiro | domingo, 23 de agosto de 2009, 19h35

Vaiado e xingado, Dagoberto teve atuação discreta

Por: Patricia Bahr (Furacao.com)

Foto Destaque

Pressionado, Dagoberto não conseguiu jogar [foto: AGÊNCIA ESTADO/Valterci Santos]

"Daaaago, Dago, Dago, Dago, Dago, fdp!”
“Hei, Dagoberto, VTNC!!!”
“Eiro, eiro, eiro, Dagoberto pipoqueiro.”


A recepção da torcida atleticana ao atacante Dagoberto foi recheada de xingamentos, vaias e muita provocação. Antes mesmo do jogo deste domingo começar, os gritos e insultos das arquibancadas dirigidos ao ex-jogador do Atlético já davam mostras de que o atacante teria uma marcação cerrada durante toda a partida. Dito e feito!

Durante o tempo em que esteve em campo, toda vez que Dagoberto tocava na bola, uma intensa vaia era proferida das arquibancadas. Logo no início do jogo, quando Paulo Baier fez falta no jogador e foi advertido com cartão amarelo, a torcida atleticana ovacionou o capitão do time.

No segundo tempo, quando Dagoberto foi substituído, mais uma vez o estádio inteiro aproveitou para xingar e vaiar o atacante.

Vale lembrar que esta foi a primeira vez que Dagoberto teve coragem de enfrentar o Furacão desde que saiu do Atlético, em 2007. De lá para cá, todas as vezes em que o São Paulo jogou em Curitiba na Arena da Baixada o jogador não esteve em campo – cumprindo suspensão, em tratamento no Departamento Médico ou poupado pela comissão técnica. Em 2007, Dagoberto e Aloísio chegaram a pedir ao então técnico são-paulino, Muricy Ramalho, para não jogarem na Baixada, temendo a pressão da torcida.

Atuação discreta

Se nas arquibancadas a marcação da torcida atleticana foi intensa, em campo o ex-atacante Dagoberto teve uma atuação discreta em campo. O trio defensivo do Atlético fez uma boa parede em frente à área, não dando chances para o jogador concluir as jogadas.

Ao final do jogo, Dagoberto preferiu não falar com a imprensa. O ex-atleticano Washington deu entrevistas para os jornalistas e comentou sobre a recepção dos torcedores ao jogador. “Diferente de mim, ele teve uma saída bastante tumultuada aqui do Atlético, por isso é normal essa pressão do torcedor, ele já esperava por isso. A torcida do Atlético é sensacional, faz uma pressão muito forte e desta vez não foi diferente. Ela é uma das mais vibrantes do Brasil, joga junto com o time, é tão importante quanto um grande jogador para o clube”, disse Washington, que em 2004 vestiu a camisa atleticana. Naquele ano, o jogador conquistou com o clube o vice-campeonato Brasileiro e foi o artilheiro da competição.

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