"Eu estava com meu pai na arquibancada de fundo do estádio. Quando o Colorado fez 4 a 0, meu pai me pegou pela mão e começamos a ir embora. Quando passávamos próximo às antigas cadeiras, vimos que o Ziquita havia feito dois gols. Meu pai me colocou nas costas e começamos a vibrar com a reação", contou o torcedor atleticano Guy Everson Wolff à Furacao.com.
A emoção daquela partida e dos gols de Ziquita ainda hoje comove os torcedores que tiveram a oportunidade de ver o espetáculo ao vivo. "A energia que se sentia naquele estadio foi uma coisa que jamais senti igual, indescritÃvel. Quem estava naquele jogo sabe de que estou falando: o povão cantando, se abraçando, chorando de felicidade, de emoção. Lembro de um cidadão fotografando o placar ao final da partida, do sorriso no rosto das pessoas pelas ruas indo para casa com o coração e a alma vibrando pelo orgulho de ser atleticano", lembrou Amauri Cruz, outro torcedor presente no histórico jogo.
São Ziquita
Em 2003, a Furacao.com entrevistou Ziquita por ocasião dos 25 anos deste feito histórico. Depois disso, o ex-jogador foi convidado por outros veÃculos de imprensa para visitar Curitiba e conheceu a Arena da Baixada, um dos sonhos que ele revelou durante a entrevista à nossa equipe.
"Quando o jogo estava 4 a 0, a nossa torcida começou a ir embora do estádio, não acreditando numa reação. Mas depois do terceiro gol, o torcedor começou a voltar correndo, o que animou ainda mais o nosso time. E com a torcida empurrando, a gente foi pra cima, buscando o gol de empate. Num jogo que você sai perdendo de 4 a 0 e consegue o empate, não tem esquema que tático que resista. Foi na vontade, no amor à camisa", contou.