Fernandes reclama das chances perdidas

O técnico Roberto Fernandes concedeu entrevista coletiva depois da derrota do Atlético para o Cruzeiro por 1 a 0 em jogo realizado na noite desta quarta-feira no Mineirão. O gol foi do volante Elicarlos, aos 40 minutos do segundo tempo. Confira a coletiva:

CASTIGO
"Um castigo grande. O momento que o Atlético vive é preciso de tranqüilidade. Eu sempre falo isso para os atletas: quando você precisa de uma mão amiga, procure a que está no seu braço. Quem vai nos ajudar nesse momento é só o nosso trabalho."

RESUMO DO JOGO
"Quem foi escolhido por vocês das rádios o melhor em campo: Fábio, goleiro do Cruzeiro. Então, não precisa falar mais nada."

SAÍDA DE JOÃOZINHO
"O último lance do João no jogo: ele recebeu uma bola limpa no contra-ataque na frente do zagueiro e já chegou para chutar pressionado. Então, ele não tem essa característica [de velocidade]. Colocamos o Anderson, que é de velocidade e o Douglas, que a posição dele de origem é essa de terceiro homem do meio-campo."

CHANCES PERDIDAS
"Você jogando fora de casa, e em casa também, é assim no Campeonato Brasileiro, você tendo a chance tem de matar. Porque não matando, o do lado de lá vai matar na chance que tiver."

PRESSÃO DA TORCIDA
"O problema não é o Roberto. Não é como eu vou me preparar [para o próximo jogo na Baixada]. O problema é saber que você tem uma equipe jovem, sabendo que vai para mais uma rodada sabendo que não vai poder contar com nenhum dos jogadores que estão de fora. O banco de reservas que tínhamos hoje era só de garotos: Chico, Pimba, Wallyson, Renan. Só garotos. Se você der mais pressão do que eles estão tendo, vai ser difícil sair disso aí. Por mais que a pressão seja no treinador, isso aí reflete neles também."

MOMENTO DELICADO
"O que eu volto a frisar: o Atlético vive um momento delicado na competição. Para mim o que preocupa não é o resultado em si, porque a gente sabe que futebol vive em torno de resultado, mas a dificuldade de mudar esse quadro. Vamos para mais uma rodada com esses problemas, que no meu entendimento já poderiam ter sido solucionados há mais tempo. Mas enfim, vamos para mais uma rodada sem poder contar com os jogadores lesionados e os não regularizados."

GOLS PERDIDOS
"Se você analisar o gol do Cruzeiro, nós tivemos chances infinitamente mais claras e absurdas de gol e não fizemos."

ESQUEMA TÁTICO
"Nas três primeiras rodadas que eu dirigi o Atlético e que eu mudei o esquema, o Rhodolfo estava no departamento médico. Foi uma questão forçada, o Rhodolfo não tinha condições. E tínhamos mais jogadores em condição naquele momento: o Julio Cesar, o Netinho. No momento que eu tive a volta do Rhodolfo, em contrapartida eu perdi esses jogadores. Mas futebol só tem uma verdade, que é a vitória. Se tivesse ganho, não teria tantas críticas sobre o esquema tático."

CHEGADA DE EDINHO
"Eu fico satisfeito. É um cargo que a maioria dos clubes da Europa já tem. A visão do Edinho é muito mais próxima da minha do que a do próprio Petraglia, porque ele tem mais essa visão de campo e o Petraglia é mais gestor. As características de jogadores que ele gosta são parecidas com as minhas."