Washington: ídolo atleticano agora está no outro lado
O atacante Washington deve ser a principal novidade do time do Fluminense para o jogo contra o Atlético, nesta quarta-feira, no Maracanã. Ele foi poupado da partida no último fim-de-semana, contra o Goiás, para se recuperar psicologicamente da derrota para a LDU na decisão da Libertadores. Apesar da previsão inicial de retorno era em apenas duas semanas (ficando portanto fora do jogo contra o Atlético), o jogador garante que quer estar em campo já na próxima rodada.
“Não agüento ficar fora. O momento é de levantar a cabeça e seguir em frente. A situação é difícil, mas temos um grupo bom e vamos nos recuperar. Se estivéssemos nessa posição faltando cinco rodadas, eu diria que seria complicado. Mas ainda faltam muitos jogos. O Atlético também era um dos últimos quando perdeu a Libertadores e depois terminou entre os primeiros”, disse o jogador.
Caso entre em campo na quarta-feira, este será o primeiro encontro de Washington com o Atlético após ter defendido o clube, em 2004. Naquele ano, ele foi o principal artilheiro atleticano no Brasileiro, com 34 gols (recorde em uma única edição do torneio), ajudando o Furacão a ficar com o vice-campeonato nacional.
Apesar do sucesso, a saída de Washington até hoje é sentida por parte da torcida atleticana, já que o atleta não cumpriu a promessa de só sair do clube após conquistar um título. Após o término do Brasileiro de 2004, ele foi jogar no futebol japonês, passando por diversas equipes japonesas até retornar ao Brasil, no início deste ano.
Coração Valente
Mais do que reencontrar o Atlético, Washington estará novamente perto do clube que lhe fez voltar a jogar futebol. Washington foi contratado pelo Atlético em maio de 2003, vindo do Fenerbahçe, da Turquia. A contratação do jogador era uma grande incógnita, visto que ele estava se recuperando de uma cirurgia cardíaca. Dezenove dias depois de chegar ao CT do Caju, Washington foi reprovado nos exames médicos, o que impediu o atacante de assinar contrato com o clube.
Apesar de não fazer parte oficialmente do elenco, o Atlético disponibilizou toda a estrutura do CT do Caju e o corpo médico para acompanhar a recuperação do centroavante. O atleta se submeteu ao delicado exame de cateterismo. Ainda em maio de 2003, uma junta médica especialmente constituída para avaliar o atleta vetou a contratação do jogador. Apesar disso, um dia depois, Washington decidiu seguir o tratamento orientado pelo Dr. Constantino Costantini.
Seis meses depois, Washington já estava treinando com o time B do Atlético, participando dos treinos coletivos e até marcando gols. Mas a boa notícia veio dali um mês: exames realizados no atleta comprovaram que ele estava totalmente liberado para a prática esportiva. Era o fim de um sofrimento de mais de um ano e que definitivamente consagrava Washington como o “Coração Valente Atleticano”.
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