O Malutrom acabou de desistir de disputar a segunda divisão. O Paraná Clube vai viajar de ônibus para cidades com distância menor que 500 km. O Coritiba, com as contas bloqueadas, vive momentos de agonia.
A crise econômica do futebol paranaense também chegou ao Atlético. Só que os dirigentes foram mais rápidos e levantaram um gabião - aqueles muros de contenção construÃdos na beira do mar para evitar ressacas. Algumas ondas, porém, ultrapassaram a proteção e molharam algumas pessoas. O zagueiro Nem e o técnico Geninho são dois exemplos. Quiseram inflacionar os seus salários e foram colocados de lado.
Agora, Gustavo e Cocito também querem a valorização - até certo ponto compreensÃvel pelo que fizeram em 2001, mas inconcebÃvel pelo futebol apresentado no primeiro semestre deste ano. Orientados por procuradores que visam o lucro pessoal e não o futuro dos jogadores, ambos podem acabar se despedindo do Atlético de uma forma melancólica.
A esperança é que a lua, a força dos ventos e os gabiões contribuam para deixar a maré tranqüila e que os campeões brasileiros continuem no Furacão - esse sim, soprando forte.
Sérgio Tavares Filho
Jornalista e integrante da
Equipe Furacao.com
stavaresfilho@terra.com.br
© Furacao.com. Todos os direitos reservados. Reprodução permitida desde que citada a fonte.