Caju, a Majestade do Arco [foto: arquivo]
Ao longo destes 84 anos de história, o Atlético teve goleiros inesquecíveis. Neste sábado, dia 26 de abril, a Furacao.com homenageia esses arqueiros que fizeram parte da vida do Rubro-Negro.
Alberto Gottardi
Por seis anos defendendo o gol atleticano, é considerado o primeiro grande ídolo da história do Atlético. Esteve no clube de 1927 a 1933, sendo bicampeão paranaense invicto em 1929-1930. Durante o tempo em que jogou no rubro-negro, foi titular absoluto da equipe e das seleções que se formavam regularmente. Seu último jogo foi o famoso “Atletiba da Gripe”, em 1933, quando entrou em campo contrariado e fortemente gripado, mas mesmo assim ajudou o Atlético a vencer por 2 a 1, consolidando a fama de “Clube da Raça”. Quando abandonou as luvas, passou a posição para seu irmão, Alfredo Gottardi.
Caju
Maior jogador da história do Atlético. Só isso já dá para ter dimensão do que foi Alfredo Gottardi para o clube. Foram 17 anos de dedicação ao Atlético, com a conquista de seis títulos: os Paranaenses de 1934, 36, 40, 43, 45 e 49. Em 1942, foi o primeiro jogador do Atlético a ser convocado para a Seleção Brasileira, para a disputa do Sul-Americano. Considerado um exemplo de profissional, todos que o viram jogar são unânimes: Caju era mesmo sensacional, fora de série, espetacular. Os companheiros tinham total confiança no goleiro, pois sabiam que se ele não defendesse uma bola, goleiro nenhum poderia tê-lo feito. Tinha uma ótima saída do gol, interceptando vários cruzamentos. Jogava de modo simples, passando segurança e tranqüilidade aos defensores.
Laio
Suas defesas ajudaram o Atlético a ganhar o apelido de Furacão. Era Laio o goleiro do sensacional time montado pelo Atlético em 1949, quando o time fez uma campanha espetacular no Campeonato Paranaense. Com muita agilidade embaixo do gol, ganhou o apelido de “Fortaleza Voadora”. Ficou no Atlético por dez anos, de 1941 a 1951, conquistando três títulos: os Paranaenses de 43, 45 e 49.
Roberto
Eleito em 1983 o melhor jogador do Brasil, Roberto ajudou o Atlético a terminar na terceira colocação no Campeonato Brasileiro daquele ano. Entre idas e vindas, Roberto Costa defendeu por seis anos a camisa número um do Atlético, conquistando dois títulos: os Paranaenses de 1982 e 83. Frieza, boa colocação e reflexos apurados, adjetivos que ajudam a definir o que foi Roberto, que no Atlético ganhou o apelido de “Mão de Anjo”.
Marolla
Um goleiro com estrela. É assim que os torcedores que viram Fiodermundo Marolla Júnior jogando definem seu desempenho. Não era brilhante tecnicamente, mas tinha estrela – provando aquele ditado que diz que a sorte acompanha aos que trabalham. Em quase cinco anos de Atlético, Marolla conquistou três títulos (os Paranaenses de 1985, 88 e 90). Em 1988, foi também o recordista em defesa de pênaltis no Campeonato Brasileiro.
Ricardo Pinto
“Êo, êo, o Ricardo é o terror!”. A música virou tradição na torcida atleticana entre 1995 e 1997. Era a forma encontrada pelos torcedores de reverenciar Ricardo Pinto, que aliando técnica, vontade e raça conquistou a exigente torcida do Atlético. Ricardo foi o goleiro titular na conquista do Brasileiro da Série-B, em 1995, e até hoje é considerado um dos maiores ídolos da história atleticana. Depois de encerrar a carreira como jogador, trabalhou no Atlético como técnico dos juniores e preparador de goleiros (campeão brasileiro em 2001).
Flávio
O maior vencedor da história atleticana. Em sete anos de Atlético, Flávio colecionou títulos: foi campeão Paranaense quatro vezes (1998, 2000, 2001 e 2002), campeão da Copa Paraná em 1998, campeão brasileiro da Série B em 1995, campeão da Seletiva em 1999 e campeão brasileiro em 2001. As principais qualidades de Flávio eram a agilidade e o reflexo, ganhando o apelido de “Pantera”.
Diego
Ajudou o Atlético chegar no ponto mais alto de sua história até aqui, com o vice-campeonato da Copa Libertadores da América. Diego chegou no Atlético no início de 2003, depois de ter sido eleito o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro de 2002. Sempre demonstrou respeito e carinho pelas cores atleticanas. Sua vontade, raça e determinação ajudaram-no a conquistar muitos admiradores. Em três anos de Atlético, Diego foi campeão Paranaense em 2005, além de ter ajudado o Atlético nas excelentes campanhas do Brasileiro de 2004 e na Libertadores de 2005, quando o clube terminou em segundo lugar.
Outros goleiros que fizeram história
Além dos acima citados, o Rubro-Negro contou ao longo de sua história com outros extraordinários arqueiros, casos de Tapyr (o primeiro goleiro do clube), Ivan (goleiro-torcedor fanático), Raul (revelado nas categorias de base do Atlético), Vanderlei (campeão do Título da Raça de 70), Altevir (que ficou 1.066 minutos consecutivos sem sofrer gol em 1977), Rafael (bicampeão em 82 e 83), Gilmar (que brilhou nos anos difíceis da década de 90) e Toinho (vice-campeão brasileiro da Série B em 1990).
Colaboração: Marlon Allan e Mauricio Simões (mensagens no orkut).
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