Solidariedade | quarta-feira, 12 de março de 2008, 11h36
Campanha do Hemepar busca ampliar número de doadores
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) continua na busca da ampliação do número de doadores em todo Estado. De acordo com o diretor do Hemepar, José Lúcio dos Santos, este aumento é imprescindível para atender a demanda de hemocomponentes nos hospitais que atendem os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O processo de recrutamento de doadores deverá ser intensificado com maior oferta de coletas externas que aproximam o banco de sangue da comunidade.
Ao todo são 24 unidades hemoterápicas, distribuídas nas 22 regionais do Estado que funcionam em forma de rede, além de unidades móveis, como é o exemplo das que operam em Curitiba e Região Metropolitana. A rede é importante para assegurar o abastecimento em todo o Estado, nos casos de falta de estoque. Mesmo assim em determinadas épocas, como nos períodos de férias e feriados prolongados, a rede enfrenta problemas com a queda do número de doadores. “Isso ocorre não só pelo aumento de acidentes, normalmente registrados nesses períodos, mas também pelo deslocamento das pessoas de seus locais de origem”, afirma José Lúcio.
De acordo com Maria Lucia Doetzer, do setor de captação, a meta do Hemepar é aumentar a coleta diária de sangue de 80 para 150 bolsas. Dessa forma será possível beneficiar, por exemplo, o atendimento das Unidades de Tratamentos Intensivos (UTIs) do SUS, que atualmente é de apenas 60% dos leitos.
Em 2006, o Estado coletou 162.381 bolsas de sangue, sendo aproveitado 130.841 bolsas. Já em 2007, o número de bolsas coletadas foi 125.428, sendo 99.234 aptas. Em geral, cerca de 15% a 20% das doações são descartadas na triagem clínica, onde é constatada a existência ou não de fatores de risco.
Cada bolsa de sangue doada pode salvar até quatro vidas. O concentrado de hemácias é utilizado em tratamentos de anemias, cirurgias e grandes hemorragias; concentrado de plaquetas, para o tratamento de leucemia e sangramentos; plasma, para queimaduras e hemorragias; e crioprecipitado usado para o tratamento de hemofilia. O fator sangüíneo que mais necessita doação é O+, uma vez que esse tipo sangüíneo corresponde a 36% da população brasileira.
CONTROLE – Para controle da qualidade do sangue coletado, o doador preenche um cadastro com perguntas sobre seu comportamento. Também passa por um exame clínico e teste de anemia. Entre os impedimentos temporário estão as vacinas composta de vírus ou bactérias vivos, como a febre amarela. Para esses casos é necessário um intervalo de três a quatro semanas. Já os compostos de vírus ou bactérias mortas, como o tétano, exigem um período mínimo de 48 horas.
Além disso, também não poderá doar a pessoa que apresentar gripe ou febre, gravidez ou amamentação; e tatuagem ou “piercing”, colocados a menos de dois anos. Entre os casos que impedem a doação definitiva está o comportamento de risco em relação a AIDS, hepatite após os 10 anos de idade, malária ou doença de Chagas.
MEDULA ÓSSEA – Ao contrário do índice de doações de sangue, o número de candidatos cadastrados no programa de doação de medula óssea surpreende. Segundo o Hemepar, dos 557 mil cadastrados no país, 145 mil residem no Paraná. Isso corresponde a 26,5% dos doadores. Entretanto, isso não quer dizer que não há necessidade de recrutar mais doadores. Essa necessidade existe porque o transplante de medula óssea exige uma alta compatibilidade entre doador e receptor, o que dificulta ainda mais o processo. A compatibilidade entre familiares é de 25%. Entre pessoas sem nenhum grau de parentesco é de 1/1.000.000.
O Hemepar conta desde 2000 com o serviço de cadastramento de candidatos à doação de medula óssea. O centro faz o cadastro do doador e coleta 10ml de sangue para a tipagem genética. Os dados são enviados ao Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) para cruzar com os dados dos pacientes que aguardam transplante.
Quando há um doador compatível para algum paciente já cadastrado no Registro Brasileiro de Receptores de Medula Óssea (Rereme), é feito o contato. Se o doador ainda concordar com a doação serão realizados exames complementares. Se for confirmada a compatibilidade o doador será submetido a um procedimento para retirada de até 10% de sua medula através de punção óssea na região glútea. O único requisito solicitado aos doadores de medula é idade entre 18 e 55 anos.
Para doação de sangue – Procure o Hemepar, na Travessa João Prosdócimo, 145. Alto da XV. De segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h; ou no sábado, das 8h às 17h. Mais informações ou dúvidas disque sangue 0800 6454555.
Para doação de medula - Procure o Hemepar no horário de segunda a sexta-feira das 8h às 17h
São requisitos para doação de sangue:
Estar em boas condições de saúde;
Ter entre 18 e 65 anos;
Peso igual ou superior a 50 Kg;
Vir alimentado, evitando a alimentação gordurosa;
Homens podem doar a cada 60 dias;
Mulheres a cada 90 dias;
Apresentar documento de identificação oficial com foto.
Fonte: Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná
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