Claiton: adrenalina alta [foto: JORNAL DO ESTADO/Franklin de Freitas]
O apelido Furacão não poderia ser mais apropriado. O Atlético varreu seus adversários neste inÃcio de temporada. A campanha avassaladora de doze vitórias, 34 gols feitos e apenas cinco sofridos é motivo de orgulho para toda a nação rubro-negra. Mas as vitórias têm um preço: o desgaste fÃsico e emocional dos atletas. Eles ficaram no centro do "furacão" em que se transformou o Rubro-Negro nos últimos dias. Destaque na mÃdia nacional, homenagens aos craques do passado, festa da torcida, show pirotécnico na Arena. Tudo isso com apenas um mês e meio de jogos.
O ritmo alucinante preocupa a comissão técnica atleticana. Para evitar uma queda muito grande, a ordem de Ney Franco é puxar o freio-de-mão. Em outras palavras, diminuir o ritmo, colocar os pés no chão e se preparar para seguir viagem de maneira tranqüila e focada nos objetivos maiores da temporada: os tÃtulos.
A pista de que a intensidade dos jogos poderia ser prejudicial ocorreu no jogo contra o Londrina, vencido por 1 a 0 com um gol aos 47 minutos do segundo tempo. Depois do jogo, o técnico Ney Franco disse que teria trabalho para recuperar o aspecto emocional dos jogadores caso a seqüência de vitórias tivesse sido interrompida. A vontade de superar a marca histórica era tamanha que mesmo um empate teria um sabor de fracasso.
Agora que o Atlético conseguiu superar o recorde, atingindo doze vitórias seguidas, a idéia da comissão técnica é tirar o peso das costas dos jogadores. Segundo Ney Franco, o time vem sofrendo um desgaste psicológico muito grande a cada jogo e isso não é positivo. Na entrevista coletiva depois da histórica vitória sobre o Cianorte, o treinador mudou o discurso e deu pistas de que não valorizará mais a seqüência de vitórias. O foco passará a ser a Copa do Brasil, competição na qual o Atlético fará sua estréia na próxima semana. "Definimos o primeiro lugar geral que era um objetivo e agora começamos a projetar a estréia na Copa do Brasil. Temos um compromisso no domingo contra o J. Malucelli, que vem bem no Paranaense. Mas agora a nossa prioridade é o jogo de quarta-feira contra o Corinthians de Alagoas", disse, deixando claro que poderá poupar titulares no final de semana.
AlÃvio
O capitão Claiton também disse que a necessidade de vencer é algo que atrapalha a equipe, pois deixa os jogadores muito ansiosos. "Todas as partidas tinham um clima de final, então psicologicamente isso era muito forte, a adrenalina era muito alta", afirmou. Com a redução da responsabilidade, jogadores e comissão técnica esperam poupar o grupo para obter um melhor rendimento da equipe na fase decisiva do Campeonato Paranaense e também na Copa do Brasil.
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