O atacante Paulo Roberto Rink é personagem interessante quando se trata da final da Copa do Mundo 2002, envolvendo Brasil e Alemanha. Neto de alemães, Rink nasceu em Curitiba, onde começou a jogar futebol no seu amado Atlético. Depois de passagens por Chapecoense e Atlético-MG, voltou ao rubro-negro para ganhar fama nacional.
Formou um ataque memorável ao lado de Oséas no Campeonato Brasileiro da Série B em 95, vencido pelo Furacão. No ano seguinte, foi negociado com o Bayer Leverkusen, na maior negociação do futebol paranaense até então. O valor de sua venda foi decisivo na construção da Arena da Baixada, o estádio mais moderno do paÃs.
Em Leverkusen, Paulo Rink teve alguns problemas de adaptação, mas depois que se firmou no time acabou sendo convidado até para se naturalizar alemão, processo pelo qual também passaram o ganês Asamoah e o suÃço Neuville (que hoje estão disputando a Copa pela Alemanha).
Ele teria grandes chances de disputar o Mundial caso o comando técnico da seleção permanecesse com Christoph Daum, então seu técnico no Bayer Leverkusen. Porém, Daum foi afastado do cargo após acusações de consumo de cocaÃna e Völler assumiu seu lugar.
Como o novo treinador, Rink teve poucas chances. Porém, ele continua com dupla nacionalidade e atua no Nüremberg, conhecendo muito bem o futebol alemão. Para o atacante, as chances do Brasil são grandes.
"O alemão não tem como mudar e fazer um futebol bonito como o brasileiro. O sistema deles é botar a bola na lateral e cruzar para tentar os gols de cabeça ou então jogar nos contra-ataques", disse Rink. Ainda segundo ele, o grande trunfo da Alemanha está em sua defesa compacta.
Outra diferença entre o futebol no Brasil e na Alemanha destacada pelo jogador está no comportamento das torcidas. "Eu deixei uma das melhores torcidas do Brasil e encontrei um tipo de torcedor que apenas bate palma nas boas jogadas", disse ele, sentindo falta da vibração da nação atleticana.
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