Clube Concórdia
Rua XV, Baixada do Água Verde (com o popular estádio Joaquim Américo e o velho Ginásio), PAVOC, Pinheirão, CT do Caju... A lista dos muitos patrimônios que o Atlético acumulou em oito décadas é extensa. O que poucos atleticanos sabem é que o clube também foi o ‘proprietário' do "Verein Deutscher Sängerbound", atualmente o conhecido Clube Concórdia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o interventor Manoel Ribas, seguindo determinação do governo Getúlio Vargas, desapropriou imóveis de origem alemã e italiana. Por esse motivo, vários clubes de Curitiba precisaram mudar de nome, com o Savóia se transformando em Água Verde, o Palestra, em Comercial, e o Livorno, em Dom Pedro II.
Seguindo portaria número 230, baixada pelo Secretário do Interior, Justiça e Segurança Pública, de 22 de junho de 1945, o patrimônio do Clube Concórdia foi transferido, a título precário, ao Clube Atlético Paranaense. Nesse dia, desceu do mastro a bandeira da Sociedade dos Cantores Alemães, subindo outra, com as cores rubro-negras. Em troca, o Atlético ficava comprometido a dar refúgio à Liga da Defesa Nacional e à filial paranaense da Cruz Vermelha Brasileira. Por esse motivo, o Atlético fez pouco uso dos salões do Concórdia, usando apenas em situações especiais, para jogos de cartas ou jantares de gala.
Em 29 de outubro de 1945, num dos últimos atos do interventor Manoel Ribas, foi definido o requerimento devolvendo a sede social aos concordianos. No dia 31 de dezembro, a diretoria do Atlético assinou o termo, devolvendo o patrimônio aos proprietários originais.
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