"A Baixada é indiferente", alfineta ex-jogador do Flu

O volante Marcão, que defendeu o Fluminense na última temporada, diz saber a fórmula para vencer o Atlético na Arena. Em entrevista ao site Globoesporte.com, o atleta se diz um torcedor do tricolor carioca e confessa ter dado dicas ao elenco do Fluminense sobre como vencer na Baixada na quarta-feira, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil.

"O Atlético não é nenhum bicho-papão lá não. A pressão da torcida na Arena da Baixada é indiferente. Os torcedores não entram em campo. É só fazer direitinho o que o Renato pediu, jogar com raça que o time vai trazer a classificação de Curitiba. Estarei na torcida", disse o jogador, lembrando a vitória do Fluminense na primeira rodada do Brasileirão do ano passado (2 a 1) como um exemplo a ser seguido.

"Naquele jogo a pressão era grande e todo mundo dizia que o Atlético era o favorito. Mas fomos lá, igualamos na força e vencemos muito bem", recorda o volante.

Marcão se esqueceu, porém, das diferenças entre aquele confronto e o desta quarta. Primeiro, que não era uma partida decisiva. Segundo, que o Furacão estava numa fase muito ruim, estreando no Brasileirão após ter sido eliminado do campeonato estadual e da Copa do Brasil, e com uma resistência muito grande da torcida quanto ao trabalho do técnico Ginvanildo. Sem falar que o Rubro-Negro teve um jogador expulso logo no começo do segundo tempo.

Além disso, aquela partida teve um público de apenas 9 mil pessoas, enquanto a Baixada estará lotada nesta quarta. Serão mais de 20 mil vozes empurrando o Furacão para cima do adversário.

Pesa também em favor do Rubro-Negro a estatística: além do time carioca ser um dos maiores fregueses do Atlético, o aproveitamento do Furacão em mata-matas é excepcional. Segundo reportagem da Gazeta do Povo de hoje, em 40 partidas de mata-mata na Arena o Rubro-Negro conseguiu a classificação em 27 - ou seja, um aproveitamento de 70%.

Mesmo assim, esse é mais um motivo para a torcida do Atlético lotar a Baixada e incentivar incondicionalmente o Furacão durante os 90 minutos de jogo. Com o apoio total dos torcedores, o rubro-negro é outro time em casa, transformando bons jogadores em craques através do doping emocional que a Baixada e sua torcida proporcionam.