Vadão: "Daqui para frente, acho que não tem favorito" [foto: PR PRESS/Giuliano Gomes]
O técnico Oswaldo Alvarez participou do programa Tá na Área, do SporTV, na noite desta terça-feira. O treinador chegou ao Rio de Janeiro com a delegação atleticana na manhã de hoje. No período da tarde, comandou um treinamento em General Severiano, sede do Botafogo. Depois, seguiu para os estúdios do SporTV, onde foi recebido pelo apresentador Luiz Carlos Júnior e pelo comentarista Alex Escobar. Além de Vadão, também participou do programa como convidado o jogador de futebol de areia Benjamin.
O tema principal da entrevista do técnico atleticano foi, como não poderia ser diferente, a campanha do Furacão na Copa do Brasil. Vadão admitiu que a equipe cometeu alguns erros na competição por ausência de informações sobre jogadores dos adversários, mas garantiu que isso não acontecerá diante do Flu, nesta quarta-feira às 21h45 no Maracanã. Perguntado sobre quem é o favorito para o jogo, o técnico brincou dizendo sem hesitar que é o Atlético, time por ele dirigido. Depois, em tom sério, explicou que a partir das quartas-de-final o torneio fica muito equilibrado e não se pode apontar favoritos nos confrontos.
Além do Atlético, Vadão também falou sobre futebol em geral, à medida em que os assuntos iam surgindo no programa. Assim, por exemplo, ele comentou sobre a decisão do técnico Cuca, do Botafogo, em escalar o goleiro reserva Max contra o Atlético Mineiro para lhe dar ritmo de jogo pensando na decisão do Campeonato Carioca. Também analisou a situação envolvendo o técnico flamenguista Ney Franco e o meia Juninho Paulista, que foram flagrados em uma conversa na qual o meia pedia explicações sobre sua ausência do time titular. Ao final do programa, Vadão presenteou os apresentadores com uma camisa oficial do Atlético Paranaense (rubro-negra e de número 17).
Confira, em ordem cronológica, as principais declarações de Oswaldo Alvarez no Tá na Área desta terça-feira:
DENIS MARQUES
O Denis não está jogando pela lesão. Realmente existe o interesse do Palmeiras. Provavelmente as diretorias devem estar em conversação. Não está nada definido, mas mesmo que seja definido alguma coisa o Denis fica conosco até o final da Copa do Brasil.
ALEX MINEIRO
O Alex Mineiro é bom na área, cai pelas pontas, é um atacante completo. No futebol brasileiro de hoje há uma grande carência de atacantes completos, então o Alex é sempre visado.
FLUMINENSE
No futebol brasileiro de hoje, vai-se muito pela camisa, pela tradição e se esquecem dos jogadores. Então você veja que o Atlético Goianiense e o Vitória estão muito bem nos regionais. Nós sofremos até por desconhecer os jogadores. Não é o caso do Fluminense, que é um time cujos jogadores nós só conhecemos.
GOL FORA DE CASA NA COPA DO BRASIL
O importante é conseguir um gol fora de casa. No jogo da Bahia a gente estava perdendo por 4 a 0 e conseguimos um gol no final. Então, a gente que precisava vencer por 5 a 0 no jogo de volta passamos a precisar vencer por 3 a 0. É uma diferença considerável.
COBRANÇA DE PÊNALTI DE ALEX CONTRA O PARANÁ
A última cobrança do Alex me gelou. Eu até falei com ele sobre isso. Ele deu uma paradinha contra o Paraná Clube e bateu muito bem, mas todo mundo gelou na cobrança
(risos).
DAGOBERTO
Quando eu cheguei no Atlético, o desgaste já era muito grande. A minha estréia foi contra o Flamengo e ele jogou. Mas o desgaste era muito grande e chegou a um ponto que não havia mais o que fazer. O Atlético tentou de todas as formas, eu cheguei a interferir, mas não tinha mais clima e o melhor foi a saída dele. Ele foi vendido pra uma equipe alemã, depois para o Monaco, mas ele recusou. Tudo indicava que ele queria ir para o São Paulo.
DIEGO
Foi meu goleiro no Atlético em 2003. Eu trabalhei no Atlético em 99 a 2000, depois em 2003 e voltei no ano passado. São fases na carreira de um atleta, às vezes está jogando bem e às vezes dá uma caída, isso é normal. O Diego no Atlético teve uma passagem muito boa, tanto é que foi vendido para o Fluminense.
ESCOLHA DE CUCA: JÚLIO CÉSAR OU MAX CONTRA O ATLÉTICO MINEIRO
Esse negócio do ritmo é relativo. Quando o jogador está em atividade e não está jogando porque outro é titular, a coisa é mais simples. É mais complicado quando o jogador não tem ritmo porque vem de contusão, aí é difícil. É uma escolha que cabe ao técnico e é difícil porque se trata de decisão.
JOGADOR QUE QUESTIONA PORQUE NÃO ESTÁ JOGANDO
O que me aborrecer é o jogador falar pelas costas. Quando ele vem falar comigo e questionar as minhas decisões, não vejo problema algum. O que acontece às vezes é que quando o técnico tem um estilo mais calmo, como é o caso do Ney
(Franco, técnico do Flamengo) e o meu, alguns jogadores acham que podem ganhar no grito. Isso é ruim. Mas eu acho muito interessante que o jogador possa enfrentar essa situação de frente e procurando saber os motivos.
QUEM É FAVORITO NO JOGO CONTRA O FLUMINENSE?
Atlético
(risos). Se eu não torcer para o Atlético, vou torcer para quem? Agora falando sério, é difícil falar em favorito quando o campeonato afunila. Daqui para frente, acho que não tem favorito.
JOGAR MELHOR
Eu comecei minha carreira trabalhando em time pequeno. Quando eu trabalhava em time pequeno eu dizia aos meus jogadores: não importa quem é considerado melhor e sim quem joga melhor. Você pode ter o melhor time do mundo, mas se o seu time não se empenhar e não for melhor em campo não vence, não tem jeito. O futebol de hoje está muito nivelado.
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