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Futebol | sexta-feira, 20 de abril de 2007, 00h11

Jogada aérea não preocupa, Vadão?

Por: Gustavo Rolin (Furacao.com)

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Time já sofreu 12 gols de cabeça na temporada 2007 [foto: PR PRESS/Giuliano Gomes]

O lance parece óbvio, mas vem causando verdadeiros pesadelos no sistema defensivo do Atlético há alguns meses. E depois de sucessivas falhas nesse tipo de jogada, muitos torcedores já criaram uma relação nada agradável: bola cruzada na área do Atlético é gol. Pode parecer exagero, mas não é. Na quarta-feira, na derrota por 3 a 1 para o Atlético Goianiense na Copa do Brasil, mais uma vez as bolas alçadas na área rubro-negra foram vilãs – respondendo por dois gols do Dragão no jogo.

Ao final da partida, a afirmação do técnico Oswaldo Alvarez de que as bolas aéreas não são motivo de preocupação causou certo espanto. “Aconteceu agora, nesses últimos jogos, contra o Cianorte e hoje (contra o Atlético-GO). Bola de cruzamento foi agora que aconteceu. Não é uma preocupação porque é algo que não vinha acontecendo. Daí vão falar dos jogos de 2006, mas em 2007 isso não vem acontecendo. Esse ano o aproveitamento nas bolas aéreas é muito bom”, disse Vadão na entrevista coletiva após o jogo em Goiás.

Mas diferentemente do que se passa para o treinador, as bolas aéreas são motivo de preocupação - pelo menos para a torcida. E quem afirma isso são as estatísticas. A Furacao.com fez um levantamento dos gols sofridos pelo Rubro-Negro nesta temporada e constatou: bola aérea é sim um tormento. O Atlético realizou 28 jogos até agora no ano de 2007 e sofreu 37 gols. Destes, 12 foram de cabeça. Isso representa praticamente 33% do total de gols sofridos pelo clube no ano. Em outras palavras: de cada três gols sofridos pelo Atlético, um é de cabeça.

Se considerarmos que o clube tem priorizado a Copa do Brasil, atuando todos os jogos da competição com o time titular, a situação é ainda mais alarmante. Dos nove gols sofridos na competição em quatro partidas (contra Coxim, duas contra o Vitória e Atlético-GO), quatro gols foram de cabeça – o que representa 44% do total de gols sofridos.

Este ano, ainda, em dois jogos o Furacão levou dois gols de cabeça: no empate por 3 a 3 frente ao Londrina e na derrota por 3 a 1 frente ao Atlético Goianiense. Esses foram os jogos em que as bolas aéreas mais resultaram em gols do adversário.

Diante dessas estatísticas, parece estranho que o técnico Oswaldo Alvarez considere despreocupantes as falhas cometidas pela equipe nas jogadas de bolas aéreas.

Confira as estatísticas de todos os jogos do Atlético na temporada e os gols de cabeça sofrido pelo clube em cada um deles:

- J. Malucelli 3 x 3 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
- Atlético 0 x 1 Rio Branco: 1 gol de cabeça sofrido
- Iraty 1 x 2 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
- Atlético 1 x 0 Portuguesa: 0 gol de cabeça sofrido
- Cascavel 4 x 3 Atlético: 1 gol de cabeça sofrido
- Londrina 3 x 3 Atlético: 2 gols de cabeça sofridos
- Atlético 5 x 1 Nacional: 0 gol de cabeça sofrido
- Paranavaí 2 x 1 Atlético: 1 gol de cabeça sofrido
- Atlético 2 x 2 Coritiba: 1 gol de cabeça sofrido
- Roma 1 x 5 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
- Atlético 1 x 1 Adap: 0 gol de cabeça sofrido
- Coxim 2 x 5 Atlético: 1 gol de cabeça sofrido
- Atlético 4 x 1 Eng. Beltrão - 0 gol de cabeça sofrido
- Paraná 0 x 3 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
- Atlético 3 x 0 Cianorte: 0 gol de cabeça sofrido
- Atlético 3 x 1 Dallas: 0 gol de cabeça sofrido
- Atlético 8 x 0 Iguaçu: 0 gol de cabeça sofrido
- Cianorte 1 x 3 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
- Vitória 4 x 1 Atlético: 1 gol de cabeça sofrido
- Atlético 5 x 0 Rio Branco: 0 gol de cabeça sofrido
- Paranavaí 1 x 0 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
- Dallas 0 x 1 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
- Atlético 1 x 1 Paranavaí: 1 gol de cabeça sofrido
- Atlético 3 x 0 Vitória: 0 gol de cabeça sofrido
- Rio Branco 0 x 0 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
- Cianorte 4 x 4 Atlético: 1 gol de cabeça sofrido
- Paraná 0 x 0 Atlético: 0 gol de cabeça sofrido
- Atlético-GO 3 x 1 Atlético: 2 gols de cabeça sofridos

Total de gols sofridos: 37
Total de gols de cabeça sofridos: 12
Percentual: 32,43%

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Matéria do site Furacao.com:
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