Análise de Atlético 1 x 2 CorinthiansO texto acima não representa necessariamente a opinião dos integrantes da Furacao.com e seu autor se responsabiliza integralmente pelo conteúdo.
por Priscila Pacheco
Em uma partida que tinha tudo para dar certo ao Atlético, pois além de pegar um Corinthians desfalcado, jogaríamos em casa com o apoio da torcida, e contávamos também com uma invencibilidade de oito jogos. Porém, o certo não aconteceu, fomos obrigados a passar a noite com os erros de uma arbitragem duvidosa (tendenciosa?) e amarguramos uma derrota em casa, dando adeus de vez ao sonho de disputar a Libertadores do próximo ano.
O Atlético começou bem o jogo, partindo para cima o tempo todo. Boas jogadas nasciam das laterais, e pelo meio Cristian e Ferreira criavam boas oportunidades, sendo que o primeiro gol saiu de uma tabela entre os dois, onde Cristian meteu no canto esquerdo de Marcelo.
Como o Atlético dominava o primeiro tempo, restava ao Corinthians aproveitar os contra-ataques e jogadas de bola parada, e foi assim que tomamos o primeiro gol. Em uma falta pela direita, Marcos Vinicius subiu mais que nossa zaga e cabeceou, empatando a partida.
Após o empate, o Furacão continuou pressionando o adversário, porém não soube aproveitar as boas oportunidades. Michel não apresentou o mesmo futebol de partidas anteriores, facilitando as jogadas para o Corinthians e com uma forte marcação, Erandir teve grande destaque.
No segundo tempo, o Atlético voltou dos vestiários sem alterações. Outras oportunidades eram criadas e novamente não aproveitadas. Até que em uma cobrança de falta, duvidosa por sinal, o Corinthians virou o jogo em uma jogada ensaiada, também de cabeça, contando com a falha da zaga atleticana. A virada foi o balde de água fria, tanto na torcida atleticana, como nos jogadores. A motivação, que já não era a mesma, sumiu de vez. A partir daí, a partida ficou tensa. O Atlético estava muito lento nos contra-ataques e perdendo muitas bolas, foi quando Vadão finalmente resolveu mexer no time. Paulo Rink e Válber entraram para a saída de Denis Marques e Erandir, e minutos depois, Jancarlos deu lugar a Wiliam. Esta mudança proporcionaria um maior poder ofensivo ao Furacão, mas Paulo entrou mal e Válber pouco apareceu. Não era mesmo a noite do Atlético!
Um dos lances mais polêmicos do jogo foi a confusão dentro da pequena área, onde Michel deu um soco em um jogador corinthiano, sendo que minutos depois o quarto árbitro avisou o juiz. Resultado: Michel expulso. Porém, o mesmo não aconteceu em um lance onde Fefo, intencionalmente, tocou com a mão a bola, sendo que este já tinha cartão amarelo. O que era ruim ficou pior. Realmente, mais uma vez, a arbitragem deixou a desejar. O fraco (mal intencionado?) árbitro Luís Antônio Silva Santos não marcou faltas nítidas, inverteu faltas absurdas, economizou nos cartões amarelos para o lado corinthiano e abusou para o lado atleticano. Até quando isso vai durar? Até quando vamos ver o futebol paranaense sendo visivelmente “roubado” quando o jogo é contra um time do eixo Rio-São Paulo?
Agora, permanecendo com 46 pontos no brasileirão, o Furacão precisa concentrar-se na Sulamericana, onde nossas chances são grandes em chegar à final e sermos campeões, começando com o primeiro passo na tarde da próxima quarta-feira. Mas é preciso que se jogue com amor à camisa, com o coração na chuteira, com a garra e a vontade de vencer. Cada jogo, dos próximos quatro do torneio continental, será o jogo da vida do Atlético. E a vida dessa torcida sofrida e incansável, é ver e vibrar com o Furacão campeão da Sulamericana 2006.
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