Atlético espera que o apoio da torcida faça a diferença mais uma vez [foto: Giuliano Gomes]
Atlético e Corinthians viveram momentos parecidos esse ano. Ambos começaram 2006 como promessas, mas não fizeram a campanha esperada por torcedores, jornalistas e pelo próprio clube. A semelhança entre as duas equipes começou pelo planejamento. O Furacão manteve a base do time vice-campeão da Libertadores, enquanto o Timão conservou o conjunto campeão brasileiro no ano anterior. Como conseqüência do bom campeonato, o time do Parque São Jorge ganhou o direito de disputar a Copa Libertadores da América deste ano.
No torneio de maior importância em âmbito sul-americano, o Corinthians não mostrou o mesmo futebol e parou nos argentinos do River Plate, nas oitavas-de-final. A mesma coisa aconteceu com o Rubro-Negro, só que em outra competição: a Copa do Brasil. A equipe atleticana ficou desestruturada após a saída repentina do alemão Lothar Matthäus e a chegada de Givanildo Oliveira, e acabou sendo eliminada na segunda fase pelo Volta Redonda.
Nos estaduais, ambos também não fizeram boas campanhas. O Furacão caiu diante da ADAP, nas quartas-de-final do Paranaense e o Corinthians acabou em uma modesta sexta posição no Paulista.
No Campeonato Brasileiro, até pouco tempo, o Alvinegro e o Rubro-Negro estavam lutando contra o fantasma do rebaixamento. Agora, o time paulista ocupa a 13ª colocação e luta por um lugar na Sul-Americana. O Furacão está em 11º, dois pontos à frente do oponente e ainda mantém vivo o sonho da Libertadores, apesar de ser muito difícil. Além disso, a equipe atleticana está nas semifinais da Copa Sul-Americana na qual enfrenta o Pachuca.
Durante o ano, mais mudanças no comando técnico dos times voltaram a acontecer. O Corinthians demitiu Geninho, campeão brasileiro pelo Furacão em 2001, e trouxe o polêmico Emerson Leão para por ordem na casa. O Rubro-Negro apostou em um velho conhecido, Oswaldo Alvarez, que anteriormente havia dirigido a Ponte Preta, para dar mais união ao grupo.
Problemas extra-campo também rondaram as duas equipes. Pelo lado do Parque São Jorge, os protagonistas foram a MSI (Media Sports Investment), parceira do clube, e os argentinos Carlos Tevez e Javier Mascherano. Já no Atlético, o atacante Dagoberto ocupou o papel principal.
O duelo dos “iguais” tem dia, local e hora marcada para acontecer. Quarta-feira, na Kyocera Arena, às 21h45, os dois estarão mais uma vez frente a frente. No primeiro turno, a vitória foi corinthiana, pelo marcador de 2 a 1. Mas nesta quarta, jogando no Caldeirão onde não perde há oito jogos, o Atlético terá a seu favor a vantagem de jogar com o apoio da torcida, que tem sido o diferencial do Furacão.
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