O adversário de domingo é fraco e não tem mais nenhuma pretensão na Copa Sul-Minas. Mas isto não retira, de forma alguma, o caráter decisivo da partida em Belo Horizonte. Se por um lado não vale nada para o América-MG, para o Atlético a importância de um resultado positivo vai muito além daqueles 90 minutos. O fracasso, além do vexame que representaria a eliminação da Copa Sul-Minas, retirará do Clube o direito de disputar a Copa dos Campeões, a última competição importante antes do inÃcio do Campeonato Brasileiro. Irá colocar o Furacão na mesma condição de mediocridade de seus rivais conterrâneos, que já na primeira quinzena de abril encontram-se sem calendário esportivo.
Tem parecido que, neste ano de 2002, o time ainda não descobriu onde está. Com poucas exceções, como no último jogo contra o Grêmio, o Furacão esteve frio em campo, aparentando não estar com a menor preocupação em vencer. Os jogadores entravam em campo parecendo acreditar que as vitórias viriam naturalmente, ao invés de correrem atrás delas.
Para o próximo jogo, é bom que o Atlético esqueça-se das combinações de resultado que lhe favoreceriam mesmo em caso de derrota. É bom que o Atlético tenha consciência da importância de uma vitória em Minas Gerais. É bom que o time lembre da derrota em 1999 para o igualmente despretensioso Botafogo-SP, que o tirou uma classificação no Campeonato Brasileiro. Tudo isso para que o Clube finalmente reencarne o espÃrito de determinação que mostrou nas finais do Brasileirão, ainda não visto em 2002, principalmente na Taça Libertadores.
Basta ter este espÃrito que, mesmo desfalcado, o Clube volta para Curitiba com uma vitória. Daà pra frente é outra história.
Ricardo Campelo
Advogado e colunista da
Furacao.com
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