Capa do livro sobre Givanildo
Jogador vitorioso, craque e ídolo do Santa Cruz na década de 70. Campeão pernambucano como atleta e treinador tanto na equipe tricolor quanto no Sport. Vencedor da Copa dos Campeões, como técnico do Paysandu, e campeão do Torneio Bicentenário dos Estados Unidos pela seleção brasileira, em 1976, como jogador. A saga de Givanildo Oliveira, menino de uma família pobre do bairro da Vila Popular, em Olinda, é contada em livro que será lançado hoje, às 20h, pelo jornalista Marcelo Cavalcante, 32 anos, repórter da Editoria de Esportes do Jornal do Commercio. A solenidade será no Spirit Sports Bar, na Rua do Futuro, em Recife, com a presença do técnico atleticano Givanildo Oliveira.
O livro traz histórias curiosas da carreira do pernambucano, como no dia em que ele teve a incumbência de marcar Pelé, o melhor jogador do mundo de todos os tempos, num encontro entre Santa Cruz e Santos pelo Campeonato Brasileiro no início da década de 70. Os resultados desse e de outros confrontos do Topogigio, como era conhecido na época de jogador, com o rei do futebol são contados em detalhes na obra.
Marcelo procurou ouvir amigos de infância do protagonista na Vila Popular e também companheiros da fase áurea do Santa Cruz, pentacampeão estadual de 1969 a 1973, além de ter sido quarto colocado no Brasileiro, em 75. E eles revelam a personalidade forte e determinada de um Givanildo que nunca abriu mão de seus princípios para vencer, tanto dentro de campo quanto à beira do gramado, ascendendo com equipes como América Mineiro, Paysandu e Santa Cruz à elite do futebol nacional.
Motivação
A idéia de contar a história de Givanildo em livro surgiu num dia em que o repórter ouviu o treinador contar como iniciou a carreira de técnico no programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal. Em 1983, defendia o Sport no Campeonato Brasileiro, e foi considerado o melhor jogador em campo numa derrota do time diante do São Paulo, por 3x1, no Morumbi. Na volta para o Recife, ainda no avião, Givanildo recebeu do então presidente do Sport, Arsênio Meira, o pedido para colocar a equipe em campo na próxima partida contra o CRB, pois Roberto Brita havia sido demitido. “Entao, eu encerro minha carreira aqui”, disse Giva. E Arsênio topou.
Para os apaixonados por futebol, o livro é uma excelente oportunidade para descobrir fatos curiosos que marcaram a história do futebol pernambucano e a trajetória do craque, que, em 1976, tomou a posição de Falcão no meio-de-campo da seleção brasileira e só a partir daí passou a ser procurado pela imprensa do Sul para dar entrevistas. “E aí, pernambucano, você não fala?”, chegou a indagar um repórter. “Vocês é que não me procuram”, rebateu Givanildo, com a sua costumeira sinceridade, após assumir a condição de titular na equipe canarinho sob o comando de Oswaldo Brandão.
O título do bicentenário deu grandes esperanças a Givanildo que sonhava em disputar o Mundial de 78, na Argentina, mas a seleção não fez boa campanha nas eliminatórias, e Brandão acabou caindo, sendo substituído por Cláudio Coutinho, que apostou no futebol-força de Chicão e deixou volantes mais técnicos como Givanildo e o próprio Falcão fora da seleção brasileira.
Serviço: Givanildo – uma vida de luta e vitórias. 279 páginas. Editora: Edições Bagaço. Preço: R$ 20. Local: Spirit Sports Bar, Rua do Futuro, nos Aflitos.
Fonte: Jornal do Commercio
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