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por Fernanda Romagnoli
Mais do que a quebra de um tabu, o Atlético Paranaense foi ao Rio de Janeiro em busca da confirmação da vitória histórica de 7 a 2 na Arena, pelo primeiro turno. Embora tivesse maior posse de bola, a única confirmação que se obteve foi a de que "quem não faz leva" - e o Atlético não fez quase nada.
Aos 14 minutos e meio o Atlético leva um gol de Morais, o refugado, justamente pelo passe de Abedi, um cara ruim, mas muito útil ao mesmo tempo. Seria a versão MarÃn do Vasco da Gama, com menos passes desconcertantes para o Atlético.
Três jogadores importantes fizeram falta: Dagoberto, a Arena e o Evandro, após a substituição do até então, melhor jogador em campo. Note-se que é a segunda substituição do jogador em derrotas do Atlético. Espera-se que não seja uma seqüência.
No primeiro tempo tivemos outras ausências percebidas, mesmo que com corpos presentes: os de Ferreira e Lima. Além disso, Danilo como sobra e, Durval como homem de combate na zaga, em substituição ao Paulo André foi a sÃntese do paradoxo que o Atlético vive fora de casa em comparação com jogos na Arena. Um é lento e outro é rápido, e muito bom.
O segundo tempo foi apenas pró-forma, sem meio de campo o Atlético perdeu-se. Num daqueles lances de se calar a boca dos crÃticos, MarÃn fez o passe do gol. Acabou por aà a reação do Atlético. O restante do jogo foi a bizarra consagração de Morais e um show de jogadas inconclusivas do Atlético.
O receio, da torcida, de represálias extra-campo vindas do Vasco foi substituÃdo pela constatação de alguns fatos: Marcão pode não ser o lateral técnico que adorarÃamos ter, mas sua raça, força e vontade de jogar não são maiores que o bom senso ao saber de seus limites - talvez por isso tenha feito falta também. MarÃn é bem mais efetivo no setor defensivo, mas merece todas as crÃticas no setor ofensivo - isso sem contar a falha no primeiro gol. Se um time chega aos vinte e poucos minutos do segundo tempo sem chutar com perigo a gol, certamente não é o time que sairá vencedor. Outra constatação é que a culpa pela má atuação de um jogador é em grande parte do próprio jogador, o restante fica por conta e risco do treinador.
Enfim, o Atlético provou de seu próprio veneno: contra-ataques rápidos. Entretanto, não há pior constatação do que esta: reabilitar times com o Vasco, que foi mais competente.
Domingo próximo é dia de time completo, com treze "jogadores" em campo: onze + Arena + torcida. Até lá.
Fernanda Romagnoli é colunista da Furacao.com.
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