Denis Marques: a 20 dias de voltar aos campos [foto: PARANÁ-ONLINE/arquivo]
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por Augusto Mafuz, da Tribuna do Paraná
A última vez que tinha viajado a Europa foi com Alex, no julgamento contra o Parma, em Zurique. O caso Denis Marques me empurrou para o painel da Corte de Arbitragem dos Esportes, em Lausane. Uma oportunidade profissional inesquecível.
Em Lausane foi comovente o painel de arbitragem. Minhas limitações foram superadas, porque Eduardo Malucelli e Rui Paciornik, jovens advogados, defenderam as razões em inglês como se estivessem em um tribunal brasileiro. Foram soberbos e em um daqueles trens, pensei: como esses jovens atleticanos, embora profissionais, têm o Atlético como um ideal importante de vida.
O formalismo intransigente dos árbitros da Corte (todos doutores em direito) criam um ambiente que mostra ao advogado a existência de um outro mundo. Na Europa, definitivamente, a arbitragem já é trânsito para a realização do Direito como o fazedor de justiça. Do que fiz não me arrependo de nada, mas faria muitas coisas diferentes.
Já era esperado o não pronunciamento final da Corte. É do seu rito processual. Denis estará apto a jogar no dia 23 de agosto, independente de qualquer outro procedimento, inclusive do pagamento de indenização porque o recurso interposto contra esta suspendeu a sua aplicação.
Conhecia o Denis em uma conversa breve. Agora o conheci definitivamente. Que bela pessoa humana: honesto, alegre, às vezes inocente como uma criança. É tão encantador que foi comovente o beijo e o abraço que recebeu do milionário príncipe dono do Kuwait, seu adversário de julgamento.
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