Clube terá linha "popular"
Reforço no combate à pirataria
por Rodrigo Sell, do Estado do Paraná
O Atlético contratou uma firma especializada para combater o uso indevido de sua marca. Desde junho, um escritório de advocacia com sede em Porto Alegre (RS) fiscaliza estabelecimentos comerciais, distribuidoras e fabricantes de fundo de quintal à caça de produtos não-licenciados com símbolos oficiais do clube - os famosos piratas. A parceria já rendeu apreensões e processos contra os falsificadores.
O escritório, comandado pelo advogado Felipe Iser Meirelles, mantém a mesma ação antipirataria em conjunto com Grêmio, Figueirense, Avaí, Santos e Vasco da Gama, além de marcas como Umbro (fornecedora de material esportivo do Atlético), Mormaii e Drop Dead. A firma tem uma equipe de investigação que age em pontos de venda de comércio formal e informal e coleta provas como fotografias e exemplares adquiridos. Os dados amparam medidas cautelares de busca e apreensão - que permitem o recolhimento do material - ou queixas na Polícia Civil por crime contra a Lei de Propriedade Industrial, que prevê detenção ou multa para os envolvidos na falsificação.
O contrato entre o Atlético e o escritório, que tem duração de um ano, já rendeu apreensões em uma fábrica de São José dos Pinhais. Um oficial de Justiça reteve 596 tranfers - estampas usadas na produção de camisetas - com a marca do Furacão, além de peças prontas, como calções e camisetas de vários tamanhos. Também foram encontradas 209 mangas rubro-negras e 54 mangas pretas para serem montadas em camisetas. “O vice-campeonato da Libertadores aumentou muito a falsificação de produtos com a logomarca do Atlético”, disse o advogado.
Meirelles explica que, além dos revendedores, há especial atenção aos fabricantes clandestinos, normalmente baseados em cidades do interior. “Para detectá-los é necessário um trabalho a longo prazo. Cerca de 80% dos produtos disponíveis no mercado são ilegais”, estima.
Atendendo o torcedor popular
Paralelamente ao combate à pirataria, o Atlético prepara o lançamento de uma linha de produtos populares. Dentro de 15 dias, o clube põe no mercado camisas alternativas, a um preço bem mais acessível para o torcedor.
Os produtos serão produzidos por uma confecção paranaense. A Umbro, fornecedora de material esportivo do Rubro-Negro, tem uma segunda linha de peças de vestuário, mas o próprio Atlético considera os preços salgados - nas lojas oficiais, o produto mais barato para adultos é a camisa pólo com o símbolo do clube, que sai por R$ 45. “Queremos atingir aquele torcedor que se dispõe a pagar R$ 20 por uma camisa pirata”, diz o diretor de marketing do Atlético, Mauro Holzmann.
O dirigente lembra que as novas peças terão desenho e tecido diferentes da vestimenta oficial do clube, para que não haja concorrência com o material da fabricante inglesa. A linha popular será vendida por ambulantes autorizados pela Prefeitura e lojas populares.
Matéria do site Furacao.com:
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