Igor: muitos anos de Atlético
Depois de defender o Atlético-PR por seis anos, o zagueiro Igor enfrentará o ex-clube pela primeira vez, nesta quarta-feira. Para o jogador, agora no Fluminense, será uma experiência estranha, mas o atleta promete empenho, até mesmo porque seus direitos federativos ainda pertencem ao clube do sul e por isso quer mostrar serviço.
Mesmo sem conhecer todos os atuais jogadores que defendem o Furacão, Igor tem informações de sobra sobre alguns adversários do Tricolor. O defensor pretende passar tudo ao comandante Abel Braga quando a equipe realizar o único coletivo antes da partida, que acontecerá na tarde desta terça-feira, no CT do Coritiba.
"Conheço muito bem o pessoal que subiu das categorias de base do clube e outros da campanha do ano passado que permaneceram. Além disso, tem uma receita para se jogar bem na Arena que eu vou passar ao Abel", disse o jogador ao Pelé.Net.
Contra o Fluminense, Igor fez cinco partidas e o retrospecto é amplamente favorável. São três vitórias, um empate e apenas uma derrota. Dessa vez, ele espera começar a reverter esse quadro.
"Para mim será um jogo especial porque foi o clube que me abriu as portas para o mercado nacional. Sou muito grato, mas hoje defendo as cores do Fluminense e vamos buscar a vitória por que será um jogo-chave".
Desde o rebaixamento para a Segunda Divisão, em 1996, o Atlético-PR se tornou um dos principais rivais do Fluminense em nÃvel nacional. Naquele ano, o clube paranaense tinha o ex-tricolor Ricardo Pinto no gol e, depois de uma vitória sobre os cariocas, nas Laranjeiras, o goleiro virou-se para a torcida e mostrou o escudo do Furacão.
O resultado deixou o Fluminense em situação delicada e, após a partida, vários torcedores revoltados com a provocação invadiram o campo e agrediram Ricardo Pinto, que foi hospitalizado com traumatismo craniano. Na última rodada, o Atlético-PR enfrentou o Criciúma.
Para não ser rebaixada, a equipe catarinense precisava vencer mesmo diante de um adversário que não havia perdido um jogo sequer no seu estádio. Durante toda a partida a torcida atleticana incentivou o time a entregar o jogo, resultado que mandaria o Fluminense para a Série B. Com a derrota para o Criciúma, a torcida do Atlético-PR explodiu de alegria.
Apesar de conhecer toda essa história, Igor garante que, entre os atletas do Furacão com quem conviveu, o jogo sempre foi tranqüilo.
"Essa coisa da rivalidade é só por conta dos torcedores. Até mesmo porque os jogadores de lá não são mais os mesmos nem a diretoria. É um jogo normal, como qualquer outro", disse.
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