ACG: pressão extra-campo é comum
SÃO PAULO - Alguns torcedores do São Paulo soltaram foguetes em locais próximos ao hotel do Atlético durante a madrugada desta quinta-feira. O objetivo foi o de atrapalhar o sono dos atletas rubro-negros para a partida da noite de hoje, contra o São Paulo, pela final da Copa Toyota Libertadores da América. Os primeiros foguetes estouraram por volta da meia-noite e os últimos em torno das 4h, segundo relato de funcionários do hotel.
Nos andares mais altos, onde os atletas estão hospedados, o barulho não pôde ser percebido. Quem reclamou do tumulto foi um grupo de turistas estrangeiros, que ocupou andares mais baixos. Alguns dirigentes atleticanos também ouviram os barulhos e se recordaram da conquista do Campeonato Brasileiro. "Em 2001, ficamos no mesmo hotel e houve foguetório e buzinaço durante toda a madrugada. Hoje foi menos intenso", disse um dirigente, que preferiu não se identificar.
O diretor cientÃfico Antonio Carlos Gomes, acostumado a grandes decisões, não ouviu os fogos durante a noite, mas disse que mesmo sem os barulhos a véspera de uma decisão é sempre muito complicada. "Quem não sentir algo diferente não é normal. Lembro que em 1977, quando disputei o Mundial de atletismo em Paris, fiquei muito ansioso. É preciso saber conviver com isso", afirmou Gomes.
Em entrevista ao programa Redação Sportv, o dirigente reiterou que os fatores extra-campo se tornam irrelevantes depois que o jogo começa. "O esporte de alto rendimento tem de ser decidido na quadra esportiva, dentro de campo. Essas coisas externas são alguns elementos, mas o importante é o que acontece no gramado", observou.
Reportagem: Furacao.com, direto de São Paulo
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