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por Julia Abdul-Hak
Não me lembro exatamente quando começou, mas foi por intermédio de uma das pessoas que mais amei nesse mundo. Começou devagarinho, com um sentimento que eu ainda não entendia ao certo, pois ainda era novinha, mas se transformou em uma das minhas prioridades: o amor pelo Atlético. Muitos vão se lembrar dos jogos na antiga Baixada, quando ainda não imaginávamos chegar à final da mais importante competição da América Latina. O momento que o time está passando, pelo menos para mim, é fruto do amor e da crença de cada torcedor. Sendo assim, me sinto no direito de agradecer este momento a duas pessoas.
Primeiramente ao meu avô querido, que me ensinou que o Atlético não é apenas um time para o qual a gente torce, é um time que devemos amar. Percebi isso muito tarde. Meu avô ficou muito doente e tinha como sonho conhecer a Arena da Baixada. Toda semana ia ao médico e perguntava se poderia nutrir esperanças de ver pronto o templo atleticano. SaÃa do médico e ia à Rua Buenos Aires acompanhar as obras. Infelizmente, meu avô faleceu exatos seis meses antes da inauguração. Como herança, ficou o amor incondicional por esse clube que até hoje só me traz orgulho.
A segunda pessoa é Mário Celso Petraglia. Muitos podem discordar, mas se não fosse por ele, hoje não estarÃamos sem dormir, ansiosos pela disputa da grande final. Hoje não terÃamos orgulho de ser o clube exemplo para muitos no mundo. Não menosprezo as raÃzes do Atlético, amava o clube pequeno tanto quanto amo o enorme clube em que se transformou. E isso devo ao Petraglia, que com a ajuda de mais algumas pessoas, ergueu o Furacão a um patamar impensado antes e, agora, invejado por muitos.
O jogo de hoje é o mais importante de nossa história e, sem dúvidas, o mais importante da história de cada jogador enquanto em um clube. Deixando as provocações de lado, eu torço para que entrem em campo aqueles homens que honraram a camisa atleticana até agora. Seria hipocrisia dizer que me contento com o que fizeram até agora. Como vocês, eu quero o tÃtulo e sei que vocês são capazes de calar essas quase 80 mil pessoas e voltar para Curitiba com o rosto estampado com um sorriso. Acreditem em vocês mesmos, que é o que cada atleticano está fazendo. Vençam por vocês mesmos, não para provar algo para alguém. Vocês foram humilhados no começo do campeonato e agora provam a vocês mesmos que a garra e a vontade de vencer nascem com o homem. Eu me orgulho deste time. Eu me orgulho de ser atleticana. Boa sorte!
Julia Abdul-Hak é estudante de jornalismo e colaboradora da Furacao.com.
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