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Libertadores | quinta-feira, 30 de junho de 2005, 12h24

Ex-zagueiro Alfredo dá dicas sobre o Jalisco

Por: Patricia Bahr (Furacao.com)

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O Furacão é hoje o Brasil na Libertadores. E, como representante do futebol nacional, o Atlético terá hoje um encontro com uma torcida apaixonada pelo futebol brasileiro. Apesar de tamanha admiração, o cenário no estádio Jalisco não será nada amistoso para o Rubro-negro. A previsão é do ex-zagueiro Alfredo Gottardi Junior, um dos maiores ídolos da história atleticana e que atuou no futebol mexicano por duas temporadas no final dos anos 70, defendendo as equipes do Atlas (maior rival do Chivas) e Veracruz. "Eu tinha o sonho, desde o final da Copa de 70, de conhecer o México. Quando surgiu o convite, não tinha como recusar. Me dei muito bem lá, fui considerado o melhor estrangeiro do campeonato logo no meu primeiro ano", lembra Alfredo, em entrevista à Furacao.com. "O futebol mexicano é muito competitivo, com muitos jogadores de boa qualidade. O México evoluiu bastante no futebol", completa.

Em sua primeira temporada em terras mexicanas, Alfredo defendeu as cores do Atlas, maior rival local do Chivas. "Mas a rivalidade lá é muito diferente. Não é como aqui, entre Atlético e Coritiba. É uma rivalidade bem sadia, os clubes se respeitam muito", compara.

Pressão no Jalisco

Alfredo: ídolo no Furacão e
experiência no México

Palco de cinco dos seis jogos do Brasil na Copa do Mundo de 1970, o estádio Jalisco traz boas recordações ao povo brasileiro. Foi lá que a seleção derrotou a Tchecoslováquia (4 a 1), Inglaterra (1 a 0), Romênia (3 a 2), Peru (4 a 2) e Uruguai (3 a 1), abrindo caminho para a conquista do tricameponato mundial. O único jogo que disputou fora de Guadalajara na competição foi justamente a final, quando venceu a Itália por 4 a 1, jogando no estádio Azteca, na Cidade do México.

"É um estádio sensacional. Muito moderno, com capacidade para quase 70 mil pessoas, com um ótimo gramado. Um verdadeiro convite ao bom futebol, coisa que brasileiros e mexicanos sabem desempenhar muito bem. Os estádios no México são diferentes daqui do Brasil. A parte das cadeiras numeradas, as sociais que a gente chama por aqui, ficam bem perto do gramado, nos primeiros vãos de arquibancada. Mas assim como a Arena do Atlético é muito moderna, o Jalisco também é", afirma Alfredo.

Passados 35 anos da Copa do Mundo do México, mais uma vez o Brasil estará decidindo seu futuro numa competição importante dentro do estádio Jalisco. Desta vez, é o Atlético Paranaense que representa o Brasil em terras mexicanas. E se para vencer no primeiro confronto da semifinal da Libertadores o Rubro-negro contou com o apoio de mais de 20 mil fanáticos torcedores, hoje, no México, verá pressão igual, só que do outro lado.

"Todo mexicano gosta muito de futebol e, para eles, torcer, é meio que uma mistura com o patriotismo. Com certeza o Atlético terá muita pressão contra. Vão ser 70 mil pessoas empurrando o Chivas durante o tempo todo, incentivando até o fim. Lá no México tem muito disso da superação, de não desistir jamais. Por isso, o Atlético tem que ter muita atenção e concentração logo mais, à noite", afirma Alfredo.

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