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Libertadores | quinta-feira, 23 de junho de 2005, 10h41

Força, Atlético!

Por: Furacao.com

Foto Destaque

A torcida atleticana promete uma grande festa hoje à noite

Está chegando a hora. A cada minuto que passa, o Atlético se aproxima ainda mais de um sonho acalentado desde a sua criação. E chegar a uma final da Copa Libertadores da América pode significar muito na vida de cada atleticano. Afinal, se passar pelo Chivas Guadalajara e for à inédita final, o Atlético entrará na seleta galeria de clubes brasileiros que decidiram a competição mais importante da América Latina. Superar a equipe mexicana será o passaporte oficial para o Atlético firmar-se como um dos principais times do país. Afinal, só os considerados grandes clubes tiveram o privilégio de chegar à final da Libertadores: Palmeiras, Santos, São Paulo, Cruzeiro, Internacional, Flamengo, Grêmio, Vasco e São Caetano. Ou seja, caso vença o Chivas, o Atlético poderá ser o 10º clube brasileiro a figurar numa final de Libertadores. Participando pela terceira vez do torneio em cinco anos, o Paranaense terá novamente a chance de mostrar porquê é hoje uma das principais referências do futebol latino-americano.

História

Considerado o mais tradicional torneio interclubes da América do Sul, a Copa Libertadores da América teve sua origem no Congresso da Confederação Sul-americana de Futebol (CSAF) realizado no Rio de Janeiro em 1958, mas teve seu primeiro jogo oficial dois anos depois, com o Penãrol sagrando-se campeão. Com o objetivo principal de reunir os clubes campeões de cada país, a competição chega a sua 45ª edição em 2005. Das 44 disputadas, o Brasil acumula 11 títulos, perdendo apenas para a Argentina, o maior vencedor da Libertadores, com 20 conquistas. O Uruguai aparece em terceiro lugar com 8, seguido do Paraguai com 3 e Colômbia e Chile com um título cada.

Os sinalizadores poderão brilhar de novo na Baixada

Embora o primeiro título conquistado pelo Santos tenha sido em 1962, o Brasil só passou a dar mais atenção a esta competição a partir dos anos 90, época das conquistas de Grêmio, Cruzeiro, Vasco, Palmeiras e dois títulos do São Paulo. Em 1981, o Flamengo conquistou a Libertadores em cima do Cobreloa, do Chile e dois anos depois foi a vez do Grêmio ficar com a taça.

Furacão da América

Esta é a terceira participação do Atlético na Copa Libertadores da América. Até agora, o Rubro-negro já disputou 24 jogos na competição, com 13 vitórias, quatro empates e sete derrotas, marcando 39 gols e sofrendo 30. Comparada com as participações de 2000 e 2002, esta é a melhor campanha atleticana na Libertadores. E mais: o Atlético é o melhor time paranaense na competição e o único que por duas vezes se classificou para a segunda fase do torneio. O objetivo do clube agora é entrar na seleta lista de times brasileiros finalista da Libertadores. Para isso, precisa passar pelo Chivas na semifinal.

Se para o clube a classificação para a final da Libertadores é o passaporte oficial para ingressar na galeria das principais equipes do continente, para os jogadores estar na decisão também vale muito. A Libertadores é a principal vitrine dos times sul-americanos para a Europa, o que significa projeção no Velho Continente. Além disso, inserir no currículo um título da Libertadores significa muito mais do que qualquer conquista local.

Para chegar até aqui, o Atlético precisou passar por grandes provações. A começar com a própria classificação para a Libertadores, com uma campanha espetacular no Brasileiro de 2004, que culminou com o vice-campeonato nacional. Na Libertadores, outras provas de fogo, com o time tendo que lutar contra o descrédito de muitos e com a mudança de treinadores (além de Antonio Lopes, Casemiro Mior, Edinho e Borba Filho comandaram o Furacão na competição). Além disso, problemas com contusões, suspensões e convocação para a Seleção Brasileira acabaram reduzindo o grupo de atletas disponíveis para jogar. Para superar todas essas barreiras, o time atleticano contou com dois ingredientes que, juntos, transformam o time em quase imbatível: a raça dos jogadores em campo e a força da torcida nas arquibancadas.

E são essas as duas principais apostas do clube para superar mais um degrau na competição mais importante da América. Se o Atlético já chegou aonde muita gente duvidava, falta muito pouco para surpreender ainda mais. Vencer o Chivas: esse é o ideal de todos os atleticanos a partir de agora.

Reportagem: Monique Silva e Patricia Bahr, do conteúdo da Furacao.com

Libertadores - (23/06/05) - Atlético x Chivas Guadalajara
L: Kyocera Arena; H: 21h30; A: Ruben Selman (CHI); T: Sportv e Fox Sport (para a América).

ATLÉTICO: Diego; Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão; Cocito, André Rocha, Fabrício e Fernandinho; Aloísio e Lima. T: Antonio Lopes.

CHIVAS GUADALAJARA: Alfredo Talavera; Francisco Rodríguez, Héctor Reynoso e Christian Ramírez; Rafael Medina, Manuel Sol, Juan Pablo Alfaro, Oribe Peralta e Omar Aguayo; Francisco Palencia e Alejandro Vela. T: Benjamin Galindo.



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