Robinho vai ser a grande estrela do Santos.
Eles tentam disfarçar, mas não conseguem. Jogadores, torcedores, dirigentes e integrantes da comissão técnica do Santos comemoram a classificação do Atlético para as quartas-de-final da Libertadores da América. Sinal de nacionalismo? Nada disso. Os santistas consideram que o Furacão é um adversário menos complicado que o Cerro Porteño seria.
Ainda que não confessadas, as razões são as seguintes: uma viagem para o Paraguai seria mais desgastante; o Cerro Porteño só perdeu um jogo neste ano; o time do Atlético é conhecido do Santos (as equipes já se enfrentaram neste ano, pelo Campeonato Brasileiro).
Mesmo tentando esconder a preferência para não motivar os atleticanos, os santistas dão pistas de seu pensamento. No último sábado, a Gazeta Esportiva.Net publicou a seguinte nota:
"Satisfação: Apesar de não falar publicamente, o elenco do Santos gostou da confirmação do Atlético-PR como seu próximo rival na Copa Libertadores. Julgam que o desgaste da viagem será menor e o time não sofrerá tanto com a catimba dos paraguaios do Cerro Porteño."
Na terça-feira, Robinho deu a seguinte declaração também para a GE.NEt: "Para mim, não tem essa de cansaço, não. Se der, vou meter caneta, chapéu, fazer tudo que sei. É um jogo importante e decisivo para o Santos".
Imprensa
A imprensa paulista também dá indÃcios de que o Atlético será presa fácil para o Santos. O Lancenet! identificou o Furacão como "A Próxima VÃtima" do Santos. O colunista Juca Kfouri, do mesmo veÃculo, também apostou na classificação santista, com facilidade: "Completo, o Santos, pelo mau momento que atravessa o Furacão, seria o favorito disparado". Kfouri também aconselhou o Santos na armação de sua equipe para a partida: "Ou o Santos bate o pé e encrespa com a CBF ou será vÃtima de um verdadeiro crime".
Já Alberto Helena Jr., a pretexto de ressaltar as qualidades do Atlético, escreveu que o Santos não teria "moleza". Afirmou que "até mesmo uma vitória do Atlético Paranaense não está fora de cogitações, não". O emprego da expressão "até mesmo" demonstra que a vitória do Atlético vem sendo absolutamente descartada pelos cronistas esportivos de São Paulo. Quer dizer, é necessário que alguém afirme que "uma vitória do Atlético não está fora de cogitações", como se algum dia estivesse fora das cogitações ou como um triunfo atleticano não fosse, obviamente, uma das três hipóteses de resultados.
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