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Opinião | sexta-feira, 20 de maio de 2005, 10h30

Análise de Atlético 2x1 Cerro Porteño, por Marcel Costa

O coração atleticano voltou a bater
por Marcel Costa

O Atlético nos une, a união nos fortalece! Com a mesma frase que encerrei a coluna de terça-feira, inicio a análise da vitória de ontem. O Atlético voltou a ser forte, venceu na superação e, principalmente, na união de todos os segmentos atleticanos em prol do clube. A nação atleticana unida é forte, mostrou isso na final do Paranaense e deixou claro ontem, para toda a América Latina ver. A mobilização em torno desta partida foi histórica, crises internas, má campanha no Brasileiro e diferenças de pensamento e ideologia foram deixados de lado, importando apenas o Atlético e sua necessidade de vencer o Cerro Porteño.

O Atlético começou bem, pressionando o adversário e tentando abrir o marcador. Lima, um dos melhores em campo, tentava de todas as formas possíveis e impossíveis passar pelos marcadores. Em um lindo lance, quase marcou, mas o chute saiu pela linha de fundo. Logo depois, novamente começou uma boa jogada, abrindo para Jancarlos na direita que cruzou com perfeição para Rodrigo cabecear no chão. O goleiro Aceval evitou o gol atleticano fazendo uma excelente defesa. O caminho era este. O Cerro mostrava ineficiência na jogada aérea. Justamente desta forma o Atlético marcou o primeiro, através de Lima, aproveitando cruzamento perfeito de Rodrigo.

No intervalo, a aguardada notícia do retorno da bateria à Kyocera Arena. Inteligentemente e de maneira acertada, a diretoria atleticana decidiu que as torcidas organizadas poderiam voltar a usar seus instrumentos. O coração atleticano voltou a bater! Apesar da festa, o time sofreu o gol de empate. O que ultimamente seria motivo para reclamações, vaias e xingamentos, não interrompeu a empolgação da torcida atleticana. A torcida incendiou-se ainda mais e não parou por um segundo, como sempre fez com maestria, mesmo nos momentos de revés. O time entendeu o recado, continuou pressionando e logo marcou o segundo, novamente de cabeça. Desta vez foi Cleo quem aproveitou o excelente cruzamento de Lima. Empolgado, o Atlético quase marcou o terceiro em um forte chute de Rodrigo. No fim, o treinador Borba Filho, provavelmente preocupado em garantir a vitória, substituiu o atacante Cleo pelo meia Evandro, diminuindo a pressão atleticana.

O importante foi vencer! Agora, quem correrá atrás do resultado e assumirá o risco de sofrer o contra-ataque é o Cerro Porteño. Se o Atlético souber explorar isso, pode sair de Assunção classificado para as quartas-de-final. Vencendo o Internacional no domingo para manter a moral elevada e jogando com a seriedade de ontem, dificilmente o Atlético será batido. As coisas são bem mais fáceis quando existe harmonia entre todos aqueles que fazem parte do Atlético, sua torcida, diretoria e jogadores. Ontem teve festa na Baixada, como nos melhores momentos da história atleticana. Parabéns a todos que finalmente entenderam que o Atlético é o ideal maior!

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