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Libertadores | quinta-feira, 19 de maio de 2005, 12h35

Diego: "Quero ver o Caldeirão ferver"

Por: Furacao.com

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Diego: "Nenhum atleta está se lixando"
(foto: Paraná-Online)

A campanha de incentivo ao time do Atlético no jogo desta noite contra o Cerro Porteño, pela Libertadores. O goleiro Diego reforçou os recados de Jackson, Alfredo Gottardi, Sicupira, Mauro Singer, Gilberto Gaertner e de mais de 500 torcedores que esperam uma festa linda na Kyocera Arena nesta noite.

Em entrevista exclusiva à Furacao.com, Diego revelou que é muito difícil enfrentar o Atlético na Arena quando a torcida está jogando junto com o time. Além disso, confirmou algo que todos desconfiavam: os jogadores sentem quando entram em campo e logo são vaiados pela própria torcida. Por fim, o goleiro atleticano pediu a todo torcedor atleticano que compareça ao estádio nesta quinta e leve seu grito de apoio ao Atlético e de incentivo aos atletas. Confira:

Como é jogar na Arena da Baixada?
Jogar na Arena contra o Atlético sempre foi um desafio para as outras equipes. Eu sei muito bem como é isso, pois me lembro como era quando atuava no Juventude, e vinha jogar aqui. O entusiasmo e a vibração da torcida sempre foi de conhecimento de todos. Assim, qualquer time sabe que a pressão aqui é muito forte. Seria muito bom se fosse sempre assim.

As manifestações da torcida afetam os jogadores durante uma partida?
Não há como negar que as manifestações da torcida contra o próprio time desestabilizam os jogadores. Ninguém entra em campo para ser derrotado. Nenhum atleta está se lixando com o resultado. Todos querem vencer. Todos querem dar o melhor de si. Se o resultado não vem, com certeza todos ficam decepcionados. Entender a decepção da torcida é uma coisa. Entrar em campo sentindo que já está desagradando, antes mesmo do jogo começar, é outra coisa. A gente espera ouvir vaias da torcida adversária. Ver a nossa torcida gritar olé quando o outro time está com a bola é muito ruim. Todo mundo entende o sentimento e a paixão do torcedor. Mas ninguém pode colocar em dúvida o nosso trabalho e o nosso profissionalismo. Nós sabemos que não são todos os torcedores que agem e pensam assim.

Você se recorda de algum jogo em que a torcida tenha ajudado o clube e que tenha ficado marcado?
A virada contra o Flamengo, no ano passado. Ninguém esquece. Quem pode garantir que a pressão da torcida não ajudou na falha do Júlio César que acabou levando ao pênalti? Outro momento foi no último jogo do Brasileiro, quando empatamos com o Botafogo. Pô! Não tínhamos conseguido conquistar o título. A frustração era grande. Doía no peito. Mas ver a torcida aplaudindo o time no final do jogo e cantando o hino do Atlético, aliviou o que cada um sentia. O torcedor tem que saber que momentos como esses são mágicos. O atleta nunca vai esquecer.

O que você espera da torcida no jogo de hoje contra o Cerro?
Eu acredito na resposta positiva de todo atleticano. Sei que posso acreditar na vontade dele ver o nosso time vencer. Quero ver a torcida jogando junto com o time os 90 minutos. Tem que incentivar, gritar, fazer pressão, intimidando assim o time adversário. Sei que vai dar. Quero ver o Caldeirão ferver.

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