O dirigente atleticano Mauro Holzmann expressou nesta segunda-feira seu descontentamento com a conduta da diretoria do Coritiba na organização do primeiro jogo da final do Campeonato Paranaense 2005. Antes do inÃcio da partida, os jogadores atleticanos foram impedidos de realizar aquecimento no gramado no Estádio Pinheirão.
Seguranças do Coritiba, mandante da partida, tomaram as bolas utilizadas pelos atleticanos e usaram da força para tirar os atletas do gramado, protagonizando uma cena lastimável no principal jogo do nosso futebol.
"Foi uma brincadeira do Giovani (
Gionédis, presidente do Coritiba). Ele só pode estar brincando. O tratamento que o Atlético oferece na Arena da Baixada todo mundo conhece. Nós oferecemos uma sala de aquecimento, uma das melhores do Brasil, para as equipes se aquecerem no seus vestiários", lembrou o diretor de marketing do Furacão em entrevista à Rádio Transamérica.
Mauro: irritação com postura do Coxa (foto: Furacao.com)
Holzmann relatou ainda que dirigentes atleticanos não foram bem recebidos no Pinheirão. "O que o Giovani mandou fazer com o Atlético é coisa de quem está aprendendo o que tem de ruim em São Januário. Eles mandaram seguranças agredirem jogadores do Atlético, colocaram a diretoria quase que no meio da torcida do Coritiba, obrigando a diretoria a circular nos corredores do Pinheirão, atrás de um camarote, jogados num canto onde não tinha lugar sequer para todos os diretores do clube. Isso é brincadeira, não é coisa de clube grande. O Giovani tem ficado muito próximo do Eurico no Clube dos 13. Acho que ele está pegando um pouco desse estilo", afirmou Mauro, irritado com a postura do presidente do Coxa.
Sobre o suposto acordo realizado antes do jogo em que o Atlético teria acatado a proibição de realizar aquecimento no gramado, Mauro foi taxativo: o clube desconhecia qualquer disposição nesse sentido. "Não tinha consciência nenhuma. Na hora que o professor Cordeiro abriu a porta do vestiário, havia umas pessoas da administração do estádio e ele falou que o time iria aquecer no campo e ninguém falou nada", afirmou.
Para finalizar, o diretor encerrou com a polêmica sobre a alegação de que o Coritiba pretendeu dar um "tratamento igual" ao que recebe na Arena. "Essa história de dizer que na Arena o tratamento é igual é brincadeira. Vocês conhecem a sala de aquecimento. O Atlético não aquece no campo, pois achamos que o campo tem que estar preservado para a hora do jogo. Isso é uma coisa maluca, eu não sei o que deu na cabeça do Giovani em fazer uma coisa dessas", disse.
Resposta
Após a entrevista de Mauro Holzmann, a Transamérica ouviu também o presidente do Coritiba, Giovani Gionédis. Porém, ele não tratou diretamente do tema. Gionédis limitou-se a ironizar a função de Mauro Holzmann, afirmando que não responderia ao "
assessor de imprensa" (sic) do Atlético e que ninguém sabe direito quem é o presidente do Furacão.
Colaboração: Monique Silva
© Furacao.com. Todos os direitos reservados. Reprodução permitida desde que citada a fonte.