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por Juarez Villela Filho
Eles estavam lá. Domingo ensolarado, time em campo e o pessoal nas arquibancadas do simpático estádio do Pinhão. Não os vi xingar ninguém (a não ser o time “deles”), não os vi ameaçarem ninguém. Vi festa, vi muita festa. Vi o incentivo mesmo em um jogo morno com um placar minguado.
O barulho da bateria, as faixas no campo e até mesmo o belo bandeirão com seu cheiro de armário, devido ao ano de desuso. Vi festa, vi alegria, vi os demais torcedores cantando junto e até mesmo fazendo a “ola” que deu meia volta no campo do Malutrom, algo impensável na vazia Kyocera Arena de hoje à noite.
Faltam horas ainda para o jogo e já sei o que verei. Um estádio lindo, moderno, funcional, confortável e seguro, porém sem alma. Sem espírito atleticano. Verei os mesmos de sempre. Alguns que sequer prestam atenção no jogo e ficam com suas máquinas digitais ou seus celulares ligados o tempo todo. Mas que xingam o próprio time ou mesmo o treinador sem saber ao certo o por quê. Será esse o novo atleticano, aquele que a diretoria quer ao seu lado?
A organizada, hoje em dia, só quer a liberação da bateria de volta! Sábado teremos a comemoração de mais um aniversário do nosso Atlético. Que tal darmos de presente a nós mesmos a alegria de volta ao Caldeirão? Um pouco de boa vontade já seria o suficiente para chegarmos ao fim desse impasse em que todos saem perdendo.
Sábado pode ser o dia. Por hoje, o silêncio...
Juarez Villela Filho é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.
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