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Nenhum | sábado, 19 de março de 2005, 15h52

Dallas Cup: bate-papo com Schumacher

Por: Julia Abdul-Hak

O Atlético foi campeão da Dallas Cup de 2004 e lutará neste ano pelo bicampeonato desta importante competição internacional. Apesar disso, muitos jogadores do elenco de juniores do Furacão ainda são desconhecidos da maioria dos torcedores. Por isso, a Furacao.com preparou uma série de perguntas visando a mostrar um pouco mais dos jovens talentos rubro-negros.

O segundo entrevistado da série é o atacante Schumacher, herói da conquista da Dallas Cup em 2004 e apontado como um dos talentos mais promissores das categorias de base. Confira:

Nome: Thiago Maier dos Santos (Schumacher)
Local de nascimento: Curitiba (PR)
Data de nascimento: 31/08/1986
Clubes em que jogou: Coritiba, Paraná Clube e Nacional
Peso: 89 kg
Altura: 1,91m

Como você decidiu ser jogador de futebol?
Foi por influência do meu pai e do meu tio, que jogavam bola pelo amador. Eles sempre me levavam junto e eu fui gostando tanto até que não tirava mais a bola do pé. Fui para a escolinha do Atlético, que antigamente era no Estádio do lado da Baixada. Joguei lá dos 4 aos 12 anos e depois comecei no campo.

Como foi sua carreira?
Futebol é bem difícil. Quem está fora acha que é fácil. Todo mundo quer ganhar dinheiro fazendo o que gosta, mas chegar lá em cima (nos profissionais) é bem complicado. Já Passei pelo Paraná e pelo Coritiba e sempre fiz história, mas nunca consegui me firmar muito bem. Mas quando cheguei aqui no Atlético, graças a Deus, eu consegui me firmar.

E agora no Atlético você é o jogador de decisão...
É o que falam: que eu sou o jogador de decisão. Mas como eu disse para a Furacao.com antes de viajar para a Copa São Paulo deste ano, eu não quero ser jogador só de decisão. Lá em São Paulo eu tive a sorte de fazer gol já na primeira fase, mas infelizmente o Atlético acabou não se classificando. Agora eu espero fazer gols desde o começo na Dallas Cup.

Teve algum fato ou momento de dificuldade na sua carreira que você pensou em desistir?
Não, jamais. Eu tive vários momentos de dificuldade, mas desistir, nunca.

O que você faria se não fosse jogador de futebol?
Não sei, porque estudar ninguém gosta. Eu jogo bola também porque não gosto de estudar, senão estaria estudando.

Como é o apoio da sua família?
A minha família me dá bastante apoio. Às vezes eu chego em casa chateado por causa de algum treinamento e eles sempre procuram me apoiar bastante.

Qual foi o melhor momento na sua trajetória como jogador nas categorias de base?
Foi lá em Dallas mesmo, quando eu fiz o gol de ouro. Estava 1 a 1, eu acabei fazendo o gol de ouro e nosso time foi campeão.

Como você chegou até o Atlético?
Eu joguei futebol de salão na escolinha do Atlético até os 7 anos e depois comecei a jogar salão em outros clubes. Futebol de campo eu comecei no Paraná Clube, mas depois acabaram com as categorias de base e então eu joguei um ano no Coxa. Depois disso, eu fiquei desinteressado pelo futebol de campo, achei que não era para mim e fiquei um ano só jogando salão. Em 2001, meu primo veio jogar no Atlético e me chamou. Eu fiz um teste e estou aqui desde então.

Como é o seu dia-a-dia aqui no Atlético?
É tranqüilo. A gente chega às 9h30 e treina. Depois, tem um almoço, muito bom por sinal, e o descanso até o horário do treino da tarde, às 15h30. Eu treino e depois volto para casa.

Qual jogador do elenco profissional do Atlético você mais admira?
Quem eu admirava muito quando eu comecei a treinar era o Igor, que agora não está mais no Atlético. Eu o admirava pela força de vontade dele, treinando sempre, sempre querendo ganhar. Não importava se era treino ou jogo, ele estava sempre querendo ganhar.

O que o Atlético oferece para os atletas de base?
Não sei. O Atlético está investindo bastante, desde que eu cheguei aqui. A cada ano que passa está melhor, com mais campos, mais hotel para o pessoal de fora. Acho que o Atlético está no caminho certo, por isso que está chegando em todos os Brasileiros.

Qual a melhor e a pior coisa de ser jogador?
Acho que o jogador de futebol acaba ficando famoso. O bom e o ruim de ser jogador é ser famoso. É a dificuldade de andar nas ruas, tem muita gente que reclama, mas eu acho gostoso. Não tem coisa melhor do que você passear no shopping e o povo te conhecer.

Como você planeja seu futuro?
Em setembro eu já fiz um contrato profissional com o Atlético por três anos, até setembro de 2007. Eu pretendo cumprir esses três anos no Atlético e se resolverem renovar, a gente conversa. Caso contrário, tenho que continuar lutando e trabalhando. O sonho de todo jogador é jogar na Europa, que dá mais dinheiro e também chegar à Seleção Brasileira. Por meu avô ser alemão, desde criança eu sonhei em jogar na Alemanha. Eu acho difícil, pois hoje o futebol bom está na Itália e na Espanha, mas meu sonho é jogar na Alemanha. Quando eu era criança eu pensava até em me naturalizar para jogar pela seleção alemã. Meu avô torcia muito para a Alemanha e, até uns 10 anos, eu também torcia. Nas Copas de 94 e 98, eu torci pela Alemanha e todos os meus amigos tiravam sarro de mim.

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