América 3 x 1 Atlético
Mior
Contra o Paranavaí, e depois contra o Libertad, o técnico Casemiro Mior disse que foram jogos “onde (sic) apenas uma equipe, o Atlético, procurou jogar, e a outra equipe só entrou no jogo para se defender”. Pois bem, o que dizer da partida de ontem? O América entrou em campo procurando jogar, e o Atlético não entrou nem para atacar e nem para defender. Entrou simplesmente para perder o jogo. Não criou uma jogada interessante, não deu sequer alguma esperança ao torcedor, senão nas jogadas de bola parada. Um time precisa muito mais do que isso.
Mior II
Contra o Paranavaí, e depois contra o Libertad, Cocito atuou como zagueiro. E atuou mal, mas muito mal. Pergunto: qual a razão de insistir novamente? “Um é pouco, dois é bom, três é demais”, e na terceira tentativa de que acontecesse o inusitado, quem pagou o pato foi o time atleticano. Sempre achei Cocito um volante mediano, um jogador que “quebra o galho”. É até injusto fazer ele passar por este vexame na zaga. Pare com isso, Casemiro. Pra piorar, ontem Marcão esteve muito distante daquele zagueiro esplêndido do Brasileirão do ano passado, e Baloy lembrou mais o zagueiro rebaixado com o Grêmio do que aquele que nos surpreendeu nas primeiras partidas do ano.
Alan Monstro
Justiça seja feita. A única peça que podemos elogiar neste Atlético que entrou em campo ontem é o exuberante Alan Bahia. Incansável na marcação, como sempre. Imagino o que seria do Atlético sem ele. Ontem, ainda mostrou boa saída de bola, coisa que estamos precisando muito, e cavou (no sentido de encontrou) a falta que originou nosso único gol.
Ticão e Evandro
Rodrigo Souto não é um mau jogador. Mas é muito ausente, não participa quase nada. Em um meio-campo composto por apenas um jogador de frente (esquema 3-5-2 com dois volantes), isto acaba sendo determinante para a produção ofensiva do time. Por isso, acho que já passou da hora de dar uma oportunidade mais contínua ao Ticão nesta posição. Outro que merece uma chance é o Evandro, que, para mim, renderia mais do que Fabrício e que o próprio Fernandinho no meio.
Fernandinho
Desde o ano passado, criou-se uma verdade, daquelas de torcedor: “Fernandinho na ala é um desperdício; tem que jogar no meio”. Pois eu sempre achei que suas melhores atuações foram pela lateral, onde joga com menos marcação, pode mostrar mais velocidade e se aproveita do fator surpresa. Em duas partidas pela Libertadores como meio-campo, sua fraca atuação mostrou, das duas uma: ou eu estou certo, e ele realmente não produz muito nesta posição, ou o Mafuz está certo: por já estar vendido, não vai se expor muito ao jogo.
Ataque
Quanto à atuação de Lima, remeto-me às minhas considerações anteriores. Sem mais. O problema é Denis Marques, de quem esperamos muito mais do que isto. Penso que realmente o problema é a sua condição de principal jogador de ataque que o faz atuar de forma tão displicente. Pois como coadjuvante, ao lado de Washington, Denis mostrava muito mais do que isto. Quem sabe, precise de um tempo no banco. Espero que Maciel se recupere logo e que Aloísio se controle um pouco mais, pois ontem poderia ter sido expulso quando quis mostrar toda sua vontade.
Diego
Acho Diego um goleiro acima da média. Mas chama a atenção a sua insistência em não sair do gol. É curioso comentar sua atuação, pois no segundo tempo fez duas defesas espetaculares, porém, ambas em lances em que deveria ter saído do gol no cruzamentos. Meu colega Juarez Vilella Filho afirma que isto é por determinação tática. Se for este o caso, Diego precisa contestar quem assim determina, pois isso está o prejudicando perante a torcida. O primeiro e o terceiro gol do América eram lances em que a grande maioria dos goleiros sairia. Ainda que de forma errada, mas normalmente acabam evitando o gol adversário (como o fez o goleiro colombiano ontem, em um lance em que saiu de forma esquisita, mas a bola foi afastada).
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