As mulheres também sofrem pelo Furacão
Foto: arquivo Paraná-Online
Casemiro Mior, Mário Celso Petraglia, Diego, Denis Marques, Fernandinho, Bolinha. Esses nomes são bastante conhecidos dos torcedores atleticanos, acostumados a aplaudir ou até mesmo reclamar das atuações dessas pessoas, que trabalham no dia-a-dia para fazer um Atlético vencedor. Mas já diz a famosa frase, que por trás de todo grande homem, existe uma grande mulher. E por trás de todo grande clube, existem várias mulheres, que também suam a camisa para fazer o Rubro-negro brilhar nos gramados.
Em 2001, quando conquistou seu primeiro título nacional, o Atlético ficou conhecido pela beleza feminina nas arquibancadas da Arena. Mas dentro do clube, poucos conhecem as mulheres que transformam a rotina dos atletas. São telefonistas, cozinheiras, arrumadeiras que trabalham (e muito!) pelo sucesso. Algumas também têm participação no Conselho Deliberativo, no departamento de nutrição, na assessoria de imprensa e no marketing do Atlético. É a força feminina fazendo sucesso no Furacão.
Nutricionista
Há dez anos trabalhando no CT do Caju, a nutricionista Lili Purim é uma das companheiras do Atlético em seu crescimento. “Este ano completo 10 anos de Atlético Paranaense. Tenho nesse tempo acompanhado e participado do crescimento do clube, o que é para mim uma grande satisfação”. Trabalhando em um lugar onde a maioria é masculina, Lili garante que nunca sentiu preconceito por sua opção de trabalho. “Posso encarar como privilégio o fato de me sentir respeitada dentro de um ambiente predominantemente masculino e bastante preconceituoso”, afirma a nutricionista. Para ela, a busca pela excelência e pelo desenvolvimento do futebol no Atlético promovem o respeito profissional.
Lili garante que a presença feminina num ambiente como o futebol só traz benefícios aos atletas, principalmente na percepção. “A mulher tem um olhar mais aguçado para detalhes e busca fazer com que o ambiente seja agradável e acolhedor. Destaco, ainda, que para os atletas do amador que vem de regiões mais distantes, faz grande diferença o acompanhamento feminino”, diz.
A nutricionista também guarda lembranças dos atletas, mas uma em especial ela recorda com carinho. São muitas as lembranças daqueles que pudemos compartilhar e testemunhar crescimento pessoal e profissional. Uma situação que é engraçada é quando passo por corredores ouço muitas vezes os atletas dizerem com voz bem aguda "tô com fome...", lembra rindo.
Torcedoras ou profissionais, o certo é que essas mulheres são exemplos de amor e dedicação ao Atlético. Assim como os homens, elas vestem a camisa do Rubro-negro com orgulho e merecem a nossa homenagem neste dia 08 de março.
Reportagem: Julia Abdul-Hak e Patricia Bahr
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