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por Juarez Villela Filho
Como se diria no Rio Grande do Sul: não foi bonito de encantar, nem tão feio de assustar. O Atlético que estreou com um empate na noite de ontem na Libertadores da América 2005 surpreendeu, tanto pela aplicação tática como pela disposição apresentada. O último time atleticano que vi reclamar das marcações da arbitragem, ter uma certa malandragem e catimbar, foi aquele comandado pelo Abel em 98.
Os setores estavam coesos e o tal entrosamento se fez presente. A marcação foi muito bem feita e alguns jogadores foram acima do esperado, especificamente o capitão Baloy, muito sereno e calmo. Marcão e Alan Bahia foram os reis da raça e até mesmo FabrÃcio esteve mais ligado no jogo, ainda que errando muitos passes. Gostei muito da postura do time, indo ao ataque e da aproximação dos setores. Contudo, houve heróis e vilão na partida.
Casemiro estava sendo fantástico. O time jogava fácil e havia grande interligação entre defesa, meio e ataque, ainda que Lima tendo tido outra atuação abaixo da crÃtica. Mas demorou para mexer no time e tenha tirado o jogador errado. Entre FabrÃcio e Lima, este produziu muito menos e pouco participava da partida. E a entrada de Ticão foi equivocada.
Ou entrou no lugar errado (meia armador, quando é segundo volante) ou o garoto desobedeceu o treinador e deixou uma enorme lacuna no meio campo, aventurando-se no ataque. A partir dali, perdemos os rebotes defensivos e os gols aconteceram, muito mais por casualidade que por mérito ou falha nossa.
A sensação que fica é estranha. É um misto de alegria e frustração, de fel e de mel. É como se estivesse conversando, sentido uma insinuação, tivesse pego o telefone da Angelina Jolie e acabado ficando com a Juliana Paes. Não que não tenha sido bom, mas poderia ter sido melhor!
EM ALTA : Casemiro. A atitude do time foi tudo o que o torcedor atleticano quer. O time recuou naturalmente, talvez não por determinação sua, mas a equipe atuou de maneira equilibrada e voltou a dar esperança de um 2005 muito bom ao Atlético.
EM BAIXA : Lima não tem culpa de ser ruim. Culpa mesmo, tem é quem contrata.
Juarez Villela Filho é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.
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