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Nenhum | sexta-feira, 10 de dezembro de 2004, 10h13

O começo de tudo

Por: Furacao.com

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Paulo Rink foi um dos heróis na campanha

Quando marcou o gol da vitória do Atlético por 1 a 0 sobre o Mogi Mirim (foto), que garantiu o retorno do rubro-negro à 1ª Divisão do futebol brasileiro, nem Paulo Rink, nem os atleticanos podiam imaginar onde o Atlético chegaria. Hoje, exatos nove anos depois daquela partida, o rubro-negro paranaense ganhou status de clube moderno, consolidando sua hegemonia no futebol paranaense e se transformando num dos principais clubes do futebol brasileiro.

Daquele gol no estádio Wilson Fernandes de Barros até hoje, muita coisa mudou nos lados da Baixada. Aliás, nem mesmo a Baixada é a mesma, com o velho Joaquim Américo se transformando na moderna Arena. O clube é hoje respeitado nacionalmente e está prestes a conquistar seu segundo título Brasileiro da 1ª divisão. Também construiu o mais moderno Centro de Treinamentos da América Latina e consolidou-se como um grande revelador de atletas para o futebol nacional, tendo como principal referência o meia Kleberson, pentacampeão mundial pela Seleção Brasileira.

Para homenagear todos os atletas que estiveram presentes na campanha que reconduziu o clube à elite do futebol nacional, a Furacao.com entrevistou o autor de um dos gols mais importantes da história atleticana: aos 19 minutos do 1º tempo, Paulo Rink recebeu a bola de João Antônio no bico esquerdo da grande área e chutou cruzado, no canto inferior do goleiro Aílton Cruz.
Naquele exato momento terminava um capítulo da história atleticana marcado por campos esburacados, adversários sem expressão, dificuldades financeiras. Enfim, acabava o pesadelo da 2ª divisão.


O gol de Paulo Rink marcou o começo de tudo. O começo de uma nova história para o Clube Atlético Paranaense, que hoje, mais do que nunca, pode sim ser chamado de Furacão do Brasil. "Foi gostoso participar do início dessa revolução, que projetou o Atlético no cenário nacional e internacional", revela o jogador.

Atualmente, Paulo Rink está jogando no futebol coreano, defendendo o time Hyunday Motors. E garante estar torcendo e acompanhando o desempenho do Furacão no Campeonato Brasileiro. Quanto a voltar ao Brasil, o próprio atacante revela que esta é uma grande incógnita. "Essa é uma pergunta que me faço sempre, a volta. Mas nem eu mesmo consigo responder. Claro que se eu voltar ao Brasil, o Atlético seria uma boa, ou melhor, excelente opção", garante o jogador, que fez história vestindo a camisa número 11 do rubro-negro.

Você tem acompanhado o desempenho do Atlético no Brasileiro? O time tem "cara de campeão"?
Claro que estou acompanhando. Pela campanha que está apresentando e pela torcida que tem, está bonito de ver o Atlético no campeonato.

Você fez parte de um grupo que começou a plantar tudo isso, com a conquista da Série B. Naquela época, dava para sonhar com tudo isso?
Eu não imaginava que o Atlético se tornaria a potência que se tornou. Claro que sempre foi o Atlético, ou melhor, o Furacão. Mas foi gostoso participar do início dessa revolução, que projetou o Atlético no cenário nacional e internacional.

Qual a diferença entre o Atlético do seu tempo e de hoje?
Muitas, naquela época da Baixada antiga, o clube passava por constantes mudanças e incertezas. Mas, com a boa administração de hoje, a coisa mudou. Dou meus méritos à diretoria do Atlético. Hoje, o jogador só se preocupa com o espetáculo, as coisas extra-campo são resolvidas com eficiência. O Atlético se tornou uma empresa. O estádio hoje tem restaurante, academia de ginástica. Isso antes nem era sonho, ou melhor, sonho para poucos. Ainda bem que se tornou realidade.

Dá para fazer uma comparação entre o Atlético de 95 e o de 2004?
Na campanha de 95, estávamos super bem em casa e fora, sempre que possível, ganhávamos. Isso fez a diferença para subirmos à 1º divisão e ser campeão. O time deste ano não é diferente nisso, faz valer a vantagem do mando de campo. Só o estádio que mudou... e muito!

O campeonato termina dia 19 de dezembro. Você vai poder vir a Curitiba assistir ao último jogo?
Infelizmente não. Estarei aqui na Coréia jogando até o dia 23 de dezembro. Mas, minha família sempre me conta as coisas do Atlético, ou vejo as novidades e notícias pela internet.

Que mensagem você deixa para os torcedores e jogadores do Atlético nesta reta final do Brasileiro?
Continuar acreditando, apoiando e torcendo pelo time. Não tem coisa melhor do que sentir a vibração da torcida empurrando os jogadores dentro de campo.

Reportagem: Patrícia Bahr

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