Ser campeão brasileiro: não tem preço
por Silvio Rauth Filho, do Jornal do Estado
Os jogadores do Atlético já sabem quanto vão receber se conquistarem o Campeonato Brasileiro de 2004. Quem garante é o presidente do clube, João Augusto Fleury da Rocha. “A premiação já foi definida no primeiro semestre”, afirmou. “Todo jogador chega no clube já sabendo quanto vai ganhar em cada situação. Aqui tudo é feito com planejamento e organização”.
Antecipar a decisão sobre o valor dos prêmios pode evitar problemas na reta final. “É uma maneira de dar tranqüilidade”, argumentou Fleury. No futebol brasileiro, são famosos os desentendimentos na negociação das premiações. O principal exemplo ocorreu com a seleção brasileira, durante a Copa de 90.
Além de evitar uma crise em momento decisivo, a política de premiação do Atlético tem também outro objetivo. “Tentamos compensar a diferença em relação ao que os outros centros pagam em salários”, disse Fleury, mostrando que ser campeão no Atlético pode ser tão lucrativo quanto estar em um grande clube de São Paulo, por exemplo.
Para o dirigente, a premiação pelo título no Atlético nunca foi assunto para a imprensa porque o clube sempre manteve suas contas em dia. “Isso só vira notícia quando não é pago ou está atrasado”, comentou.
Fleury ressalta, porém, que não considera a premiação em dinheiro como decisiva para a conquista do título. “No Paranaense (2004), a premiação era boa e perderam assim mesmo. Se bem que fomos roubados pela arbitragem”, declarou ele. “O mais importante não é a premiação, mas o título, que o jogador vai levar para os bisnetos. É igual propaganda de cartão de crédito: não tem preço”, concluiu.
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