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por Rogério Andrade
Somos atleticanos, portanto não deixamos nunca de acreditar. Somos insistentes, exigentes, guerreiros e inundados de esperanças. Às vezes chegamos a ser chatos e teimosos, pois estamos em busca sempre de um algo mais para o nosso clube do coração. Mas sejamos sinceros, ontem no intervalo do jogo, chegamos a ficar com um enorme ponto de interrogação nos rondando. Seria difÃcil virar o jogo, mas não seria impossÃvel. O São Caetano era um time bem postado, com virtudes diversas e vencia por um gol de diferença. Nem mesmo o torcedor mais otimista conseguia esconder sua intranqüilidade. Ligamos o rádio e o Santos fazia dois, três, quatro....ah, não, chega. Desligamos o rádio. Voltamos para a Arena pensando nas estratégias do Furacão para mudar a história do jogo.
O apito do árbitro dando inÃcio ao segundo tempo foi o inÃcio de uma etapa em que os sentimentos passaram a se confundir o tempo todo. Medo, tensão, pavor, ansiedade, felicidade, agonia, euforia. O time tentava, insistia, teimava, mas por alguns minutos, chegamos e esvaziar novamente os corações. Estava realmente difÃcil. Porém algo estava diferente, Jadson estava mais agressivo, melhor em campo. A equipe estava mais organizada e Levir Potter Culpi, como num toque de mágica, mandou Raulen para o campo. Genial, acertou na mosca. Raulen entrou com uma convicção incrÃvel e em conjunto com os guerreiros Marcão e Washington, começou a escrever um capÃtulo diferente dentro de campo.
A partir do primeiro gol do Furacão, o torcedor voltou a sonhar com o bicampeonato e novamente sorriu de verdade. Um golaço! A empolgação tomou conta de todos, o caldeirão ferveu e o Atlético, sem dó nem piedade, partiu para cima do ótimo time do São Caetano e o segundo gol foi de tirar o fôlego, provocado após um bombardeio para cima do azulão e concluÃdo com um tiro fatal de Jadson. O Atlético voltou a ser fenomenal, valente e matador. O Furacão voltou a assombrar, fez três e quatro e estava ali, diante dos nossos olhos, um filme muito parecido com 2001. Atlético 4, São Caetano 2.
Os tempos são outros, passaram-se três anos. Bastaria uma semelhança ou seria preciso acrescentar a este time algo mais para estar no caminho do tÃtulo? Para muitos o melhor que poderia acontecer seria o apito final do árbitro, mas alguém estaria escrevendo uma história um pouco diferente de 2001. Denis Marques fez o atleticano explodir de alegria e com um balaço de fora da área, foi o grande responsável por um "algo mais". O quinto gol do Atlético nocauteou o adversário e fez cada atleticano estar próximo, muito próximo da realidade do bicampeonato. Agora sim juiz, pode apitar o final do jogo!
Parabéns Denis, você foi o "algo mais" do Furacão neste domingo inesquecÃvel.
Rogério Andrade é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.
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