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por Juarez Villela Filho
Acredito que as coisas que acontecem na nossa vida tem um propósito, que tudo tem um porquê. Neste último final de semana, um acidente de carro na volta da praia me serviu de exemplo que a imprudência alheia e excesso de confiança própria podem ter resultados graves. Por pouco, muito pouco não livro vocês leitores de meus textos.
O Atlético já passou por algumas provações neste campeonato. Arbitragens ruins, influências externas e a pressão da imprensa paulista. Aprendeu com alguns erros, mas parece não ter assimilado outros. Por exemplo: abdicar do ataque. Todas as vezes em que ficamos tentando apenas nos defender, perdemos pontos importantes. Foi assim nas duas partidas contra o fraco Paraná, contra o Goiás fora de casa e principalmente naquele empate frente o Juventude, lá no Rio Grande do Sul.
Não entendo algumas substituições feitas pelo competente, por vezes criticado demais por este pobre colunista, treinador Levir Culpi. A velha máxima de quem em time que está ganhando não se mexe, parece não se aplicar em seu dicionário. E, coincidentemente, todas as vezes em que ele insistiu em tirar um atacante e colocar um meia e fazer entrar mais um zagueiro do elenco, levamos gols e perdemos pontos que pareciam estar garantidos. Não, não sou pessimista nem alarmista, daqueles que acham que o campeonato já acabou. Mas quero crer que Levir já tenha visto como o time deve jogar e quem pode e quem não pode mais entrar durante uma partida, passadas mais de 40 rodadas da competição.
O momento não é de desespero, nem de alarde, nem de caça às bruxas, mas de atenção e de tentativa em seguir exemplos concretos que já ocorreram no futebol. Querem um bem claro? Campeonato Italiano, temporada 2000/2001. A Internazionale de Milão tentando quebrar um jejum de dez anos, liderou grande parte do campeonato, seguida pela Juventus, Milan e Lazio. O rubro-negro e o time da capital ficaram pelo caminho e na metade do 2º turno a diferença era sempre de 2 ou 3 pontos, além da Roma ter chegado perto.
Faltando 6 rodadas, a Inter abre 5 pontos de vantagem sobre a Juve. Com 3 rodadas para o fim a diferença era de 3 pontos. Na rodada final, em caso de tropeço da Juventus, bastava um empate para o time milanês ser campeão; na pior hipótese uma vitória simples sobre a já descompromissada Lazio dava o tÃtulo ao time de Ronaldinho. Resultados finais: Udinese 0 X 2 Juventus; Lazio 4 X 2 Internazionale.
A Inter ainda foi ultrapassada pela Roma, ficando em 3º lugar no campeonato em que liderara grande parte. Quer melhor exemplo que esse?
Juarez Villela Filho é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.
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