Washington: encarando os jogos como finais
Foto: arquivo Paraná-Online
Páre por alguns segundos e medite: onde você estava no dia 3 de dezembro de 2001? Ou melhor, o que você estava pensando, qual era seu sentimento, sua emoção neste exato dia daquele ano? Terá sido parecido com o que você está sentindo hoje?
A data não lhe parece assim tão especial? Pois vamos lhe refrescar a memória. Em 3 de dezembro de 2001 faltavam apenas dois dias para o primeiro jogo do mata-mata do Brasileirão 2001. Dois dias depois, o Atlético receberia o São Paulo na Arena da Baixada, sonhando com algo até pouco tempo impensável: o tÃtulo nacional.
Pode parecer estranho, mas hoje, 26 de novembro, é a data equivalente seste ano de 2004 àquele 3 de dezembro de 2001. Justamente hoje faltam dois dias para o Atlético começar uma nova trajetória que se pretende tão bem-sucedida quanto à de 2001. A fórmula do campeonato mudou e o time é substancialmente diferente, mas não importa.
Nos corações atleticanos, pulsa a mesma emoção de três anos atrás. Nos dois casos, faltavam apenas quatro jogos para o término da competição. De diferente, o fato de que neste ano cada jogo não será tão decisivo a ponto de eliminar um time ou outro. De igual, o fato de que cada vitória deixará o Atlético cada vez mais perto da taça.
Seriedade e decisões
Na frieza do regulamento, o campeonato por pontos corridos não tem final. Mas o coração atleticano desmente isso. Todos nós sabemos que cada jogo é uma disputa e que os quatro últimos serão ainda mais especiais. Nos próximos 25 dias, Curitiba, o Paraná e cada local do mundo onde houver um atleticano estarão diferentes. Mais alegres, mais coloridos de rubro-negro.
Assim como em 2001, o Atlético iniciará neste domingo uma série de quatro decisões. Grêmio, Vasco, São Caetano e Botafogo farão os papéis que já foram de São Paulo, Fluminens e São Caetano. Estamos prestes a viver momentos históricos. Assistir a jogos que ficarão para sempre gravados em nossas memórias, que serão transmitidos aos nossos filhos, netos e todas as posteriores gerações atleticanas.
Essa percepção não escapa aos jogadores. Todos estão embuÃdos no espÃrito rubro-negro, aquele que tem raça e não teme sequer a própria morte, quem dirá uma partida de futebol.
"Nosso foco está só no Grêmio", afirma o zagueiro Marinho. Sucinto, mas suficiente - aliás, como seu futebol, de resultado eficentÃssimo.
"Este campeonato está sendo muito difÃcil. Temos de provar para nosso torcedor e para nós mesmos que podemos ser campeões", diz Diego, ainda mais motivado por poder voltar ao seu estado natal e fazer com que o Rio Grande do Sul também faça parte dessa bela história construÃda jogo a jogo nos últimos sete meses.
O técnico Levir Culpi já avisou: nada mais há a fazer, a não ser repetir o que já foi bem feito. "Nosso time já acertou os erros e agora só precisa colocar em prática durante a partida de domingo", explica o meia Jadson.
Todos são guerreiros, mas nesse time ninguém exprime melhor a emoção atleticana do que Washington, o artilheiro. Ele também está confiante: "O Grêmio vai querer sair para o jogo, porque eles precisam do resultado. Vai sobrar mais espaço para a nossa equipe, mas esse jogo será muito mais difÃcil do que o último. Temos de tomar muito cuidado".
Quanto a nós, torcedores, cabe-nos apenas um papel: apoiar o time, de todas as maneiras possÃveis.
Colaboração: PatrÃcia Bahr, do conteúdo da Furacao.com
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