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Nenhum | segunda-feira, 08 de novembro de 2004, 11h06

Análise do jogo Fluminense 1 x 2 Atlético

O colunista Ricardo Campelo comenta, por tópicos, como foi a vitória do Atlético sobre o Fluminense por 2 a 1, em jogo realizado neste domingo no Estádio do Maracanã. Confira a análise dele:

Análise de Fluminense 1 x 2 Atlético
por Ricardo Campelo

O Campo

É duro acreditar que naquele campo já foi disputada uma final de Copa do Mundo. No castigado gramado do Maracanã, o Atlético teve certa dificuldade para tocar a bola e para jogar em velocidade, diante dos constantes descolamentos de tufos de grama pelo caminho.

Defesa

Antes do jogo, o anúncio da contusão de Rogério Corrêa foi preocupante, para quem já não tinha Marcão e Marinho. Com Igor e Alessandro Lopes, saberíamos que seria difícil manter a mesma postura defensiva que contribuiu para a atual campanha.

Igor esteve bem lá atrás, a despeito de ter se complicado nos passes e ter perdido um gol incrível. Alessandro Lopes não foi bem, chegando atrasado e abusando das faltas - inclusive, quase cometeu um pênalti ainda no primeiro tempo. O destaque foi Fabiano, que voltou a mostrar bom condicionamento, e foi a principal peça defensiva do time. No lance do gol tricolor, acabou sendo atrapalhado por Denis Marques, em uma bola que dificilmente teria passado por Marinho e Marcão.

No gol, Diego passou a segurança de que o time precisava, colocando para longe a molhada e perigosa bola quando esta rondou a meta atleticana. Ainda fez uma importante defesa em um chute de longe, já na segunda etapa.

Meio

Levir utilizou a formação de costume, com Alan Bahia, Pingo e Jadson, amparados por Ivan e Fernandinho nas alas. Jadson, embora muito marcado, se apresentou mais para o jogo, mostrando seu toque de bola refinado que nós tanto gostamos de ver. Melhorou em relação às últimas partidas, mas pode aparecer ainda mais. Pingo é irregular. Perdeu uma oportunidade boa no primeiro tempo, e no final do jogo protagonizou um lance bisonho, quando, sozinho diante do gol, mandou para fora o gol da virada atleticana. Ainda o considero um jogador do qual não podemos depender ofensivamente, a despeito de, minutos depois, ter partido dele o passe para Washington fazer a ponte para Fernandinho finalizar. Enfim, continua no time por ser melhor do que Raulen e William.

Ivan, apesar de também irregular, foi participativo, e sua velocidade é importante para o time. Fará falta na próxima partida, pois não vejo em Ronildo características para substituí-lo bem (talvez seja o caso de Levir pensar em utilizar Marcão pela lateral). Do outro lado, Fernandinho não teve uma partida brilhante, mas participou diretamente dos dois lances que decidiram o jogo: a expulsão do criminoso Odvan e o gol no apagar das luzes.

Ataque

Denis Marques vai evoluindo a cada jogo. Já entendeu que precisa tocar mais a bola. Só resta fazê-lo com mais velocidade. No lance em que teve rapidez no toque, realizou a assistência para o gol de Washington. E quase fez o gol da virada, em um bom momento ofensivo, com a bolsa caprichosamente saindo rente à trave.

Washington foi o que se pode esperar de um centroavante. Perdeu um gol na primeira etapa, é verdade, mas no segundo mostrou que sua presença é sempre essencial: empatou o jogo e produziu a jogada do segundo gol, fazendo o pivô (sua especialidade) sobre o zagueiro e elevando a bola para Fernando cumprimentar o goleiro do time carioca.

É de se destacar, ademais, a ofensividade de Levir (apesar da demora), que entendeu a fragilidade do adversário e colocou o time para cima. É uma pena que Dennys tenha parecido pouco objetivo. Continuo sem entender o porquê de não se dar mais oportunidades ao Morais.

O time

Ainda não foi uma apresentação convincente. Mas até mesmo o fato de termos desperdiçado várias oportunidades é um indicativo de que a produção do time está crescendo. Não é a mesma produção mostrada ao longo do campeonato e que assegurou a liderança, mas, nestas seis partidas finais, o que precisamos é que se mantenha sempre um pouco acima dos adversários. É o suficiente. Daqui para frente, é como se fosse um "mata-mata". Cada jogo é o mais importante, e o objetivo tem que ser a vitória a qualquer custo.

Bicampeonato

Este gol nos acréscimos me lembrou o gol salvador de Rogério Corrêa contra o Guarani em 2001, quando todos já contabilizavam a derrota e que rendeu ao Atlético um ponto de extrema importância (graças a ele, a semifinal foi na Baixada e não no Maracanã). Depois disto, foram cinco jogos e cinco vitórias. Repetindo essa seqüência, ninguém nos impedirá de reencontrar a Taça.

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