Opinião de Sérgio Tavares Filho

O editor e colunista do site Furacao.com, Sérgio Tavares Filho, escreve sobre a queda de rendimento do Atlético e do falatório do técnico Levir Culpi.

Discursos
por Sérgio Tavares Filho

Ouvir a coletiva do técnico do Atlético após as partidas vem sendo um martírio para o torcedor Rubro-negro. As rádios poderiam gravar a entrevista de Levir Culpi de hoje e, se por qualquer motivo o sinal de um futuro bate-papo for perdido, o operador poderia apertar o play que o discurso seria exatamente igual. É a mesma falação de que o Atlético vem sendo prejudicado pelas arbitragens e que faltou encaixar o contra-ataque.

Até agora o trabalho de Levir Culpi tem mais pontos positivos do que negativos no CT do Caju. Ele conseguiu levar uma equipe mediana ao primeiro lugar do Campeonato Brasileiro. Sem investimento, o Atlético superou o milionário time do Santos, o bom São Paulo e o teimoso São Caetano. Surpreendentemente, o Rubro-negro alcançou a ponta da tabela e deu sinais de que o Bi-Campeonato pode vir já em 2004.

Agora, passadas 38 rodadas, o Furacão deu sinais de cansaço. Perdeu o principal jogador de contra-ataque, vê Jadson definhar em campo e Fernandinho e Washington não produzirem o que sabem. Ao invés de Levir pedir mais consciência dos jogadores, o treinador passa a mão na cabeça dos atletas. Pelo menos é essa impressão que o público sente. Não se vê exigência no trabalho e nem vontade de querer acertar de novo. Todos se acomodaram e prestam contas ao torcedor com respostas vagas aos repórteres.

Mas não culpo apenas Levir Culpi. Na reta final do Campeonato Brasileiro, o Atlético foi punido com dois mandos de jogos e multa de R$60 mil. Enquanto o Botafogo conseguiu efeito suspensivo e vai poder atuar no Rio de Janeiro, o Furacão teve o recurso negado pelo STJD e optou por jogar em Goiânia, contra o Internacional.

Por onde anda Mário Celso Petraglia? Esse discurso eu queria ouvir.

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