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por Ricardo Campelo
Quando Milton Neves e seus miquinhos amestrados armaram o circo e "denunciaram" a Baixada para o STJD, eu já temia o pior. A lembrança do ano de 1998 está viva na memória, e não consegui ficar otimista quanto à absolvição do Atlético, apesar da consistência da argumentação do Clube.
Quase certo de que os pulhas da justiça desportiva não deixariam passar em branco a chance de punir o "Atlético do Paraná", já comecei a imaginar a caravana atleticana para Florianópolis. Imaginei os outros quatro atleticanos que me acompanhariam no meu carro para dividir os custos. O jogo seria num sábado, então os atleticanos poderiam aproveitar parte do dia ou do final de semana curtindo as belas praias da capital catarinense. A torcida organizada levaria vários ônibus, entraria com a sua bateria e liberaria o grito contido...
Aà veio o anúncio de que o jogo poderia ser em Londrina. Tudo bem, é uma cidade mais distante e oferece menos atrativos do que a "Ilha da Magia", sem falar na experiência negativa do ano passado. Mas vá lá, ainda seria perfeitamente possÃvel comparecer ao jogo, de carro, de ônibus, ou até gastando um pouquinho mais em uma passagem da Gol.
De repente, o anúncio: o Atlético cumprirá a primeira partida da punição jogando em Goiânia. Goiânia, em pleno centro-oeste do paÃs. Goiânia, a mais de mil quilômetros de Curitiba. A justificativa: o Clube jogará na terça-feira na cidade contra o Goiás, aà aproveita e fica até sábado para mandar o jogo contra o Internacional. "Desgasta menos o grupo".
Francamente... tudo que o grupo menos precisa neste momento é fugir do "desgaste". O grupo precisa é da sua torcida. Precisa de calor. Precisa sentir de perto que se de um lado o resto do Brasil quer afundá-lo, de outro lado há uma torcida apaixonada disposta a transmitir toda a energia possÃvel. Se o lugar original dessa torcida está impedido, que se fique o mais perto dela possÃvel. Tenho certeza de que milhares atleticanos fariam pouco caso de trezentos e poucos quilômetros e estariam com o Furacão.
Preciso me conformar: para a atual diretoria, a participação do torcedor limita-se a pagar o seu carnê.
Ricardo Campelo é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.
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