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Nenhum | quinta-feira, 30 de setembro de 2004, 23h51

Quem é que sobe?

Por: Furacao.com

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Diego aposta que Levir corrigirá os erros
Foto: arquivo Paraná-Online

Uma das principais garantias da defesa atleticana neste Campeonato Brasileiro foi seriamente abalada nas últimas quatro rodadas. A segurança nas bolas aéreas, que garantiu ao Furacão vários jogos sem sofrer gols, desapareceu desde o jogo contra o Corinthians, há menos de três semanas.

Neste jogo, Renato aproveitou um momento de indecisão da zaga e saltou livre, cabeceando para o fundo da rede atleticana. Esse gol conseguiu furar um bloqueio que durava várias rodadas. O Atlético ficou doze jogos consecutivos sem sofrer sequer um gol em jogada aérea.

O último gol de cabeça sofrido pelo Furacão havia sido marcado na partida contra o Fluminense, na Arena da Baixada. Já nos minutos finais da partida, Leonardo Moura cruzou da direita, a marcação errou, e Mauro cabeceou firme no canto esquerdo de Diego. Depois disso, o Furacão permaneceu doze partidas sem levar um gol dessa maneira.


Essa condição rendeu elogios do técnico Levir Culpi, que destacou a evolução do sistema de marcação especificamente nesse ponto. Nas últimas quatro rodadas, porém, o time sofreu quatro gols de cabeça. Pode ser mera coincidência, mas pode ser também indício de algum problema crônico que precisa ser sanado urgentemente.

Relembre como foram os gols sofridos pelo Atlético nas últimas rodadas:

Atlético 3 x 1 Corinthians
Aos 13 minutos do segundo tempo, Coelho cobrou falta da direita e Renato, quase na pequena área, subiu livre para cabecear e marcar. Segundo os analistas da Furacao.com (*), o goleiro Diego poderia ter saído do gol para cortar o cruzamento. Porém, nem todos culparam o goleiro, já que o lance foi muito rápido. Indicou-se ainda um erro coletivo dos atletas, já que em jogadas de bola parada deve haver um sistema de marcação definido.

Cruzeiro 2 x 4 Atlético
Logo aos 8 minutos do primeiro tempo, Jussiê driblou Bruno Lança na esquerda e cruzou. A bola atravessou toda a área, passou por Marcão, e sobrou livre para a cabeçada de Guilherme. Os analistas do site concordam que houve falha do zagueiro Marcão, que se ateve mais à bola do que à marcação de Guilherme.

Atlético 2 x 1 Flamengo
Aos 24 minutos do segundo tempo, o Flamengo cobrou escanteio da esquerda. Júnior Baiano saltou e cabeceou no canto direito de Diego. Neste gol, a maioria dos colaboradores do site considerou que não houve falha. Embora alguns tenham citado que Igor estava na marcação e não saltou junto com Júnior Baiano, a opinião vencedora foi a de que o zagueiro flamenguista pulou muito e nenhum marcador alcançaria a bola na altura em que ocorreu a cabeçada.

Vitória 2 x 3 Atlético
Aos 34 minutos do primeiro tempo, o Vitória tem falta na ponta-esquerda. A bola é alçada, atravessa toda a área e Edilson ganha de Fabiano na disputa aérea. Nesta jogada, o consenso é de que houve falha do zagueiro Fabiano, que não saltou e deixou o pequeno Edilson cabecear sozinho.



Diante dessa exposição, conclui-se que não vem ocorrendo falha específica de apenas um jogador. Outro fator que comprova isso é o de que a zaga teve diferentes formações nos quatro jogos e, mesmo assim, o Atlético levou gols de cabeça. Contra o Corinthians, o Atlético jogou com Marinho, Rogério Corrêa e Marcão (Fabiano atuou no meio-campo). Diante do Cruzeiro, Marinho, Bruno Lança e Marcão formaram a linha; contra o Flamengo, jogaram Marinho, Fabiano e Igor; e contra o Vitória, Bruno Lança, Fabiano e Marcão.

A hipótese mais provável é que estejam ocorrendo momentos de indecisão. Essa percepção já chegou ao elenco e à comissão técnica. Depois do jogo contra o Vitória, o goleiro Diego comentou o fato. "É o quarto jogo seguido que estamos sofrendo gol de cabeça. Nossa defesa estava muito bem postada e era uma coisa que não estava acontecendo, mas agora estamos levando gols assim. É um motivo de preocupação, mas tenho certeza que o professor Levir vai corrigir isso", analisou Diego.

Para o goleiro, uma forma de evitar o perigo na jogada aérea é procurar sempre "atacar" a bola, optando por se antecipar nas jogadas. Segundo Diego, isso evita que os adversários tomem a iniciativa e consigam concluir para o gol.

Por outro lado, mesmo com algumas falhas, há que se destacar que o Atlético conseguiu a vitória em todos os jogos acima citados. De qualquer modo, a torcida espera que a defesa retome a fase anterior de invencibilidade e que as vitórias sejam ainda mais tranqüilas.

* Analisaram os lances os seguintes integrantes da Furacao.com: Bruno Rolim, Cleverson Freitas, Juarez Villela Filho, Marçal Justen Neto e Ricardo Campelo

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Matéria do site Furacao.com:
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