Quem pode pode, quem não pode se sacode
Em matéria de torcida, nunca teve pra ninguém no Paraná. A mais vibrante, a mais bonita, a mais intensa, sempre foi a do Clube Atletico Paranaense. Ninguém em sã consciência ousaria negar (apesar de os nossos próprios diretores fazerem pouco caso disto). Mesmo em número menor, na casa do adversário, a massa rubro-negra sempre dá show, abafando qualquer grito que tentar impedi-la.
Nos últimos Atletibas no Couto Pereira, o Atlético não conseguiu sair vitorioso dentro de campo. A última vitória do Furacão foi a goleada enfiada na Seletiva de 1999, que deixou os rivais "de quatro". Mas nas arquibancadas, é sempre a mesma coisa. A torcida do Atlético entoa seu coro por toda a partida, enquanto a do rival apenas se levanta em alguns momentos da partida em que seu time leva perigo.
Sabendo que mais uma vez o grito atleticano tomaria conta do estádio Couto Pereira, a mesquinha diretoria alviverde resolveu, então, lançar mão de alguma atitude para tentar freá-la: proibiu a entrada de instrumentos de bateria e quaisquer adereços - apenas os da torcida do Atlético.
A sucumbência é uma coisa que incomoda. É difÃcil aceitar a derrota. Para o rival, é difÃcil aceitar que uma torcida vibre mais do que a sua. Mas esta é a realidade. E é por isso que a torcida atleticana não deve se incomodar. Não deve baixar a bola. Pelo contrário, tenho certeza de que, mesmo na base do gogó, vamos invadir o precário estádio alviverde e mais uma vez mostrar para este pessoal como é que se torce.
Eles podem esconder o nome "Atlético" do placar eletrônico, e dos bilhetes de ingresso, mas não podem suprimÃ-lo das manchetes de jornal que estampam as nossas glórias. Eles podem impedir a utilização de bateria, mas não podem calar as nossas vozes, que mais uma vez ecoarão no estádio, ensinando como se torce.
Quem pode pode, e quem não pode tenta fazer com que os outros também não possam...
Ricardo Campelo
Colunista da
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