Vitória da inteligência e da coesãoO conteúdo da opinião acima é de responsabilidade exclusiva de seu autor e não expressa necessariamente a opinião dos integrantes do site Furacao.com.
por Silvio Rauth Filho
O Atlético não fez uma partida brilhante, mas mereceu a vitória contra o São Paulo, neste domingo, na Arena. Se não repetiu a qualidade técnica de outras partidas, a equipe pelo menos foi eficiente taticamente e demonstrou aquele "equilÃbrio" tão defendido por Levir Culpi.
Os primeiros 20 minutos foram difÃceis. O São Paulo atacava bem, encurralando o time da casa. Até então, a equipe paulista teve duas chances para marcar, a mais clara delas em um cruzamento de Cicinho que encontrou a cabeça de Diego Tardelli.
Depois disso, o Atlético acertou a marcação sobre os perigosos alas adversários e tomou conta do jogo. A partir daÃ, o gol atleticano tornou-se questão de tempo. Dagoberto errou uma, duas, três vezes. Mas na quarta, ainda na primeira etapa, o Diabo Loiro fez uma bela jogada e marcou, de perna esquerda.
O gol desmoronou o São Paulo, que mostrou ser dependente de LuÃs Fabiano e Grafite - ambos desfalcaram sua equipe neste domingo. Melhor para o Atlético, que controlou todo o segundo tempo, graças ao eficiente trabalho do quinteto de marcação (Fabiano, Rogério Corrêa, Marcão, Alan Bahia e Pingo).
Rogério Corrêa, aliás, teve seu dia de Marinho. Além da perfeição na defesa, começou a jogada do gol. Marcão mostrou a habitual garra e a incrÃvel precisão nas bolas aéreas. Fabiano continua o mestre da cobertura. Alan Bahia e Pingo anularam os avanços dos alas adversários e ainda começaram boas jogadas de contra-ataque.
Já o quinteto ofensivo teve um destaque negativo: Fernandinho. O jovem craque, que vinha sendo o mais regular e participativo jogador do setor, esteve apagado. Na outra ala, Ivan mostrou alguma evolução, acertando alguns dribles e fazendo boas arrancadas pelo meio. Mas ainda está abaixo do ideal. Washington foi bem nas tabelas e fez seu papel dentro da área. Jadson mostrou mais uma vez seus passes e lançamentos geniais, além dos dribles humilhantes. Mas a noite foi mesmo de Dagoberto, que fez o gol e provocou a expulsão de um adversário. Incansável e aguerrido, foi o coração e o pulmão do Furacão nesta vitória.
Enfim, o Rubro-Negro jogou um bom futebol, suficiente para se classificar para a Libertadores. Mas, para o tÃtulo, falta ainda um pouco mais.
Silvio Rauth Filho é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.
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