Time
Furacão: rótulo dado ao time Campeão Paranaense de 1949, com uma campanha extraordinária, vencendo com facilidade os adversários.
Antes de ser chamado de Furacão, o Atlético chegou a ser apelidado de “Tufão” pela imprensa. A comparação surgiu logo após as primeiras goleadas da equipe em 1949, mas o Tufão logo foi substituído pelo Furacão graças à maior intensidade deste fenômeno da natureza.
Clube da Raça: resultado do espírito de luta e de sacrifício dos jogadores atleticanos no clássico contra o Coritiba, de 21 de abril de 1933. O jogo ficou conhecido como “Atletiba da Gripe”, já que a maioria dos atletas atleticanos estavam fortemente gripados. O clube até tentou transferir a data do jogo mas, diante da recusa do adversário, entrou em campo e venceu por 2 a 1.
O Atlético participou da inauguração do sistema de iluminação do estádio de General Severiano, do Botafogo, em 29.05.1948. A partida terminou empatada por 0 a 0.
Vários jogadores do Atlético se tornaram dirigentes do clube depois de encerrarem as carreiras. O primeiro caso foi o do presidente Candido Mäder, que foi meio-campo do Internacional na década de 10 e presidente do Atlético por diversas vezes nos anos 20 e 30. Depois dele, o clube teve outros presidentes que foram jogadores (tanto profissionais como amadores): Claro Américo Guimarães, Aníbal Requião, Abílio Ribeiro, Jofre Cabral e Silva e Lauro Rego Barros. Os irmãos e goleiros Alberto e Caju também se tornaram diretores do clube anos depois de encerrarem suas carreiras. O zagueiro Nilo, capitão do Furacão de 49, foi presidente do Conselho Deliberativo em 2002 e 2003.
O Atlético foi o primeiro clube paranaense e contratar jogadores estrangeiros. Em 1943, quando Manoel Aranha assumiu a presidência, o rubro-negro contratou o meia-esquerda paraguaio Ruben Aveiros e o técnico Carbô, que foram campões pelo Atlético. No início de 1944, foi contratado o ponta-esquerda Gorgonio Ibarrola, também paraguaio.
Três jogadores atleticanos foram convocados para a Força Expedicionária Brasileira, a FEB, que participou ativamente da II Guerra Mundial, na Itália. Os pracinhas atleticanos foram Viana, Mozart e Evandro. Outros paranaenses também serviram ao Exército nessa época, como Neno, do Coritiba. Depois da Guerra, Neno foi contratado pelo Atlético e foi artilheiro do Campeonato Paranaense de 1949, com 18 gols.
Revista Placar: Edição de Setembro de 1970 nº 28
Primeira parcial da Bola de Prata da revista Jogadores do Atlético relacionados:
Goleiro: Vanderlei: (1º lugar)
Beque Central: Zico (2º lugar)
Meia Armador: Toninho (2º lugar)
Ponta-de-Lança: Nelsinho (2º lugar)
Lateral Direito: Hermes (1º lugar)
Lateral Esquerdo: Júlio (1º lugar)
Quarto Zagueiro: Alfredo (1º lugar)
Médio Volante: Hidalgo (1º lugar)
Ponta Direita: Gildo (1º lugar)
Ponta Esquerda: Nilson (1º lugar)
Algumas das posições os jogadores atleticanos não conquistaram sozinhos, dividindo a posição alcançada.
Dentre os paranaenses, o Atlético foi pioneiro em excursões internacionais. A primeira ocorreu em 1949, quando o rubro-negro viajou para o Paraguai para uma série de amistosos. Durante os primeiros 25 anos de sua existência, o Atlético não utilizou camisas numeradas. Os números nos costados dos jogadores surgiram precisamente em agosto de 1949, ano do Furacão.
O Atlético foi o primeiro clube paranaense a adotar concentração antes dos jogos. A medida foi tomada pela primeira vez durante o Campeonato Paranaense de 1943. O presidente Manoel Aranha entendia que os jogadores deveriam estar descansados para os jogos mais importantes. As primeiras concentrações atleticanas foram realizadas no Hotel Titio, em Campo Largo.
Para representar o futebol paranaense no Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1968, fora realizado um triangular entre Atlético, Coritiba e Ferroviário, com nome de “Jofre Cabral e Silva”, homenagem ao presidente atleticano que falecera meses antes. Ficou acordado entre as equipes que o representante teria 50% da renda das partidas do “Robertão” e as duas perdedoras os outros 50%. O Atlético foi o vencedor e pegou Celio e Nilo, do Coritiba, e Vilmar e Madureira, do Ferroviário.
A dupla Washington e Assis chegou ao Atlético meio que por acaso, num lance de sorte. Muita sorte! O lateral Augusto havia sido vendido ao Internacional e o Atlético foi a Porto Alegre para tentar trazer o atacante Geraldão. Porém os dirigentes colorados não aceitaram a proposta, mas ofereceram a dupla e ainda uma boa quantia em dinheiro, que foi usada pelo Atlético para a compra do polivalente Detti. Washington, eterna promessa de 22 anos e Assis, já com 28 e que ainda não conseguira se fixar em nenhum time, foram os principais artilheiros do Paranaense 82, com 23 e 13 gols respectivamente e depois levaram o Atlético até a 3ª colocação do Brasileiro do ano seguinte. Depois brilharam mais ainda no Fluminense, sendo tri campeões carioca e conquistando o único título nacional do tricolor das Laranjeiras.
“Pretendemos ficar entre os quatro primeiros do Brasil. E não acho impossível. Ao contrário: tenho a certeza de que seremos a sensação de 1983.” – João de Oliveira Franco Neto, diretor de futebol rubro-negro, em novembro de 1982. No ano seguinte, o Furacão chegou em 3º no Brasileiro.
Quando o goleiro Marolla voltou ao Atlético, o treinador Nelsinho Batista, que havia jogado como lateral esquerdo ao lado do goleiro no Santos em 1980, sabendo de sua estrela foi logo falando: “Marolla, precisamos conquistar esse título, confio em você!”. “Fique tranqüilo, o ambiente aqui é bom, dá para trabalhar sossegado", respondeu o goleiro. No final da temporada Marolla vestia mais uma faixa de campeão e Nelsinho conquistava seu primeiro dos muitos títulos de sua vitoriosa carreira.
Dos clubes existentes atualmente, o Atlético foi o primeiro clube paranaense a participar do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, hoje o Campeonato Brasileiro.
|