1988

O último título com a camisa em listras horizontais

O goleiro Marolla estava de volta. E com ele sua estrela que já brilhara no Santos e no próprio Atlético três anos antes.O Atlético vinha se reerguendo, após sérias crises financeiras dos anos anteriores. Seria a primeira vez que o rubro-negro colocaria em campo jogadores oriundos das categorias de base e formados nos campos do PAVOC, onde treinavam juvenis e juniores, bem orientados pelo competente treinador Zequinha.

Todo o esforço do presidente Valmor Zimermann, do diretor Osni Pacheco, aliada a competência do novato treinador Nelsinho foi recompensado após o time vencer o Pinheiros nas finais, depois de três partidas.

Durante a competição o Atlético fez uma bela campanha, inobstante derrotas inesperadas como as contra o Iguaçu, de União da Vitória e para o Apucarana, no final do primeiro turno. Mantendo a regularidade e contando com tropeços dos principais adversários, o Atlético foi às semi-finais, quando segurou um empate heróico com o Colorado na Vila Capanema e acabou vencendo no Pinheirão, com um gol do então veteranos Assis, que, com seus 32 anos voltou à Baixada para vestir mais uma faixa de campeão.

Nas finais, enfrentando o Pinheiros o Atlético teve muitas dificuldades. Aliás, o Furacão ainda não havia vencido o time da Vila Guaíra durante a temporada. Na primeira partida, realizada na Vila Olímpica do Boqueirão, um sonolento Atlético deu brechas para que o Pinheiros fizesse 1 a 0 e tivesse várias chances de gol. A torcida, que tomava conta de mais da metade do campo adversário começou a gritar ATLÉTICO descompassadamente e assim, na base do improviso acabou nascendo um dos gritos mais característicos da nação atleticana. Mãos ao alto, socando os céus, gritando devagar A-TLÉ-TI-COOO.

O time entendeu o recado e pressionou o Pinheiros até que o pequeno ponta esquerda Vilson cabeceou e empatou a partida, no fim do jogo. No segundo jogo, com o Pinheirão transformado em um mar vermelho e preto, o Atlético fez uma boa partida, sofreu pressão do Pinheiros no início da segunda etapa, mas soube se impor e teve um pênalti assinalado sobre Manguinha aos 43´da etapa derradeira. O craque Carlinhos bateu, mas o goleiro Toinho defendeu. Tudo ficou para a última partida.

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