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PAVOC

Concebido para ser uma Vila Olímpica e fruto da idealização de um pai e de seus filhos esportistas, o PAVOC foi usado como moeda para a construção da nova Baixada e do seu Centro de Treinamento do Caju, no Umbará.

A história começou quando Emilio Cornelsen doou uma grande área de terra, situada na velha estrada que conduzia ao aeroporto Afonso Penna. Enquanto isso, Aryon, Alcir e Ayrton já faziam parte da história do futebol: os dois primeiros foram campeões pelo Coritiba, e Lolô pelo Atlético Paranaense, em 1945. Eleito para a presidência do Coritiba, Aryon permaneceu por sete anos no cargo, até que em 1958, iniciou a concretização do sonho de seu pai e de seu irmão mais velho Alcyr, o Cezico. A idéia era transformar as arquibancadas de madeiras do Estádio Belfort Duarte, castigadas pelo tempo, em um gigante de concreto armado: o Couto Pereira.

No ano de 1963, Emilio Cornelsen faleceu, sendo vítima da leucemia. Como herança, Aryon recebeu a área do PAVOC e adquiriu os lotes vizinhos, completando 400 mil m². Um ano depois, solicitou os trabalhos de Lolô para realizar um projeto que viabilizasse a primeira Vila Olímpica brasileira em forma de clube social para a sua Organização Aryon Cornelsen (OARCO). Assim, a vila passou a fazer parte da estrutura esportiva do Coritiba, com campos treinamento e uma sede de campo de apoio. A partir de 1966, o PAVOC se tornou uma referência curitibana, a partir do projeto de Lolô, que em 1974, veio de Portugal para expor o projeto para o então prefeito Jaime Lerner.

Um dos objetivos do projeto era fazer com que a Vila Olímpica se tornasse auto-sustentável com o fluxo de turistas, ou seja, as divisas seriam fundamentais para a sua manutenção. Na terceira fase do empreendimento, caso fosse desenvolvida dentro dos planos estabelecidos, se resumia na construção de um hotel de categoria internacional, com 260 apartamentos de luxo e 50 suítes. Posteriormente, novos desejos foram incrementados ao projeto: a construção de um restaurante de 70m de altura, tendo um piso giratório e um cinema ao ar livre para 1.300 espectadores.

A Vila Olímpica possuía cinco campos de futebol construídos: um com medidas oficiais e drenagem, tendo como característica principal a grama importada do Uruguai; e dois de pelada - um deles com areia. A série de campos foi completada com outros dois com 40 x 60, com piso de grama, mas que se prestava aos associados que não se identificavam com a área para praticar o futebol. Um outro campo seria construído e serviria para treinamentos do Coritiba, com duas arquibancadas em volta do gramado, uma pista de atletismo e caixas para salto. Tudo de acordo com as normas exigidas pelo comitê do esporte olímpico. Canchas de basquete (uma delas coberta), stand para tiro ao alvo, arco e flecha, futebol de salão, vôlei, tênis, mini golfe, entre outros esportes, complementariam o conjunto da Vila Olímpica.

Por fim, Aryon Cornelsen fez de tudo para que o Coritiba recebesse o clube PAVOC, chegando até a planejar a venda dos carnês e das cotas para associados. Porém, motivos internos do clube alviverde, restou a Aryon levar a mesma proposta ao Atlético Paranaense. Segundo o contrato, Aryon se responsabilizava pela venda de carnês para sócios, durante sete anos. Terminando o prazo, independentemente do que acontecesse, a propriedade ficava para o clube. Foi quando se descobriu a cláusula de transferência de propriedade que as vendas caíram. Aryon não conseguiu arrecadar o necessário para viabilizar o projeto, e terminado o tempo de contrato, o PAVOC acabou indo inteiramente de graça para o Atlético.

Após uma negociação com o Governo Estadual, hoje a área pertence ao Batalhão da Polícia Florestal.

 

 

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